Assembléia Popular


13/04/2005 15:20

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Parlamentares negros

Advogado, funcionário da Assembléia Legislativa e ativista do movimento negro, Celso Fontana fez a leitura do poema "Os negros na Assembléia dos brancos", de sua autoria, que homenageia os parlamentares negros que exerceram mandatos no Parlamento paulista. "Minoria que representa milhões/assim é o parlamentar negro/a libertar grilhões", diz um trecho do poema. Fontana lembrou a figura de Teodosina Ribeiro, única parlamentar negra da história de São Paulo.

Mal educador

A presidente do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos de São Paulo, Cremilda Teixeira, pediu que seja feito um julgamento justo do professor da Escola Estadual Professor Otacílio de Carvalho Lopes, em Artur Alvim, zona leste de São Paulo, que chamou um aluno de "bicha". Segundo Cremilda, o caso ocorreu há um ano e a Secretaria da Educação tem sido omissa em relação posicionar-se no caso. "O professor é o profissional mais importante do planeta, e não queremos esfolá-lo em praça pública, mas é preciso punir o mal educador", afirmou.

Nepotismo, não

"Em Brasília está uma salada muito grande, com muito acompanhamento da mídia, por causa de um deputado que apresentou um projeto a favor da contratação de parentes", afirmou Gilberto Gonçalves, da Sociedade de Bairros de São Bernardo do Campo. Para ele, com o desemprego existente no país, nomear parentes para órgãos públicos deveria ser considerado corrupção passiva.

Apoio ao jovem

Morador de Campos do Jordão, o pastor Wagner Arantes da Costa, da Comunidade Evangélica Cemadi, solicitou o apoio do Estado ao trabalho que a comunidade evangélica vem fazendo naquele município, em favor da juventude. "Nossa igreja está montando uma associação para ajudar a tirar os jovens da droga, mas para isso a ação do governo é fundamental", afirmou. Ele pediu também a reativação de uma maternidade fechada na cidade.

Saúde e piscinões

O governo do Estado e a prefeitura foram criticados por João Mota dos Santos, da Associação de Moradores do Jardim Macedônia, bairro na região de Campo Limpo, zona sul de São Paulo. "Estivemos numa reunião que discutiu o fechamento de uma unidade básica de saúde da prefeitura que atende 30 mil pessoas por mês. A comunidade não se curvará a essa iniciativa", ele disse. Para Santos, o governo estadual também erra ao descuidar da manutenção dos piscinões na capital.

Manter ou melhorar

Asfalto esburacado, falta de energia e de água nos CÉUS foram alguns dos problemas na cidade apontados por Iraci Dias Moreira, que também é da Associação de Moradores do Jardim Macedônia, que, com 50 mil habitantes, é um dos maiores bairros da capital paulista. "Precisamos cobrar resultados positivos da prefeitura. Ela tem melhorar ou pelo menos manter o que já está feito", afirmou.

Sem governo?

"O dia 10 de abril marca cem dias de governo Serra, cem dias sem governo", disparou Anderson Cruz, presidente do Rotaract/Mandaqui, um programa do Rotary Internacional voltado para a juventude. Entre outros aspectos, Cruz criticou o desempenho do governo municipal na área da educação, que, para ele, limitou-se a trocar a cor do uniforme das crianças da escola pública. "E a qualidade do ensino? E a merenda de qualidade?", questionou.

Sem arte

O papel da arte na formação do ser humano foi o tema do pronunciamento do artista plástico Israel Idmach. "A arte é feita com alma, para a alma", afirmou. Ele destacou a necessidade de motivar as crianças, por meio da educação artística, para a formação de uma sociedade mais solidária. "É triste uma sociedade estar totalmente afastada da arte, como vemos em nosso país", lamentou.

Brinquedotecas nos hospitais

Vice-presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina. Muna Zein pediu que os cidadãos se mobilizem para fiscalizar o cumprimento da Lei 11.104/2005, que torna obrigatória a instalação de brinquedotecas nos hospitais que oferecem internação pediátrica, tanto na rede pública como nas unidades particulares. Criada a partir de um projeto da deputada federal Luíza Erundina, a lei "é uma conquista do movimento de mulheres e dos profissionais da saúde", disse Muna. Ela lembrou ainda que a comunidade científica constatou que a humanização da internação contribui para uma cura mais rápida da criança. Aprovada em março passado, a lei já foi regulamentada e os hospitais têm prazo de 180 dias para implementá-la.

alesp