OPINIÃO: Juventude Ameaçada

PADRE.AFONSO LOBATO*
26/11/2004 15:00

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Ao falar de violência corremos o risco de cair no velho Chavão popular: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Assim, podemos questionar se a violência é fruto da desestrutura social ou vice-versa? Ao vermos um menor consumindo drogas e álcool até mesmo dentro de clubes sociais de madrugada questionamos de quem é a primeira responsabilidade: dos pais ou dos seguranças do Clube?

Se os pais abrem a guarda dos filhos e os liberam para a noitada de quem é a culpa: da massificação e desmoronamento dos valores morais e familiares ou dos resquícios da repressão do passado que fez com que os pais abrandassem a rigidez educacional?

Afinal, quando esse menor é envolvido no círculo vicioso das drogas isso ocorre por falta dessa rigidez, ou porque a sociedade não oferece oportunidades para suprir a ociosidade que ameaça nossa juventude?

Mais ainda: será que a vulnerabilidade juvenil é resultado da falta de políticas sociais e de um sistema educacional que resgatem os valores morais, éticos e familiares? Ou será que o os políticos eleitos não respondem aos anseios dos eleitores, ou se os eleitores não despertaram para sua real cidadania?

Nesse contexto, questiona-se ainda o papel dos comunicadores e da mídia. O que provoca a deformação de seu conteúdo e da qualidade da informação: a censura ou o descontrole? A realidade ou o sensacionalismo, ou talvez o exercício da liberdade de expressão sem responsabilidade?

Enfim, são questionamentos que despertam variadas respostas e não cabe nesse momento apontar o dedo e culpar.

O importante é agir e é chegada a hora de encontrar soluções, envolvendo todos os segmentos da sociedade para garantir perspectivas de vida para uma juventude sem esperança.



PADRE AFONSO LOBATO é Deputado Estadual (PV)

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