É bom celebrar o Ano Novo sabendo que a paz é uma possibilidade real, uma conquista de todos nós que ajudamos a construir nosso Brasil. Sinceramente posso dizer que cada palavra, cada voto, cada ato parlamentar em 2003 junto ao governador, prefeitos e militantes, reafirmaram meu compromisso com a democracia.

Entro em 2004, com a mesma firmeza de luta e confiança nas instituições que ajudamos a construir. Estou pronta para apontar os erros dos governantes, denunciar abusos, mostrar alternativas, impedir retrocessos sociais e institucionais, sem nunca perder de vista a preocupação e propósito de luta por um Estado igualitário a todos da comunidade.

Junto à minha assessoria, tenho preparado uma série de ações a serem desenvolvidas até o final deste ano, para comemorar 2004, o Ano da Mulher, como ficou definido na lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nosso objetivo é criar núcleos femininos em municípios paulistas, com o objetivo de elevar o nível das discussões em torno do trabalho de prevenção contra a violência doméstica, projetar conferências regionais sobre a mulher, coletando dados e conceitos que venham a ser incorporados num grande Plano Nacional da Mulher. Essa articulação já está sendo feita pelas lideranças femininas do PSDB, no Congresso Nacional.

Com a participação das lideranças religiosas da nossa comunidade, com a iniciativa de setores do poder público do Estado e de cada município da nossa região, vamos colocar em debate a questão do planejamento familiar, um importante ponto de partida para a questão da qualidade de vida de nossa população, previsto em lei desde 1996.

Este ponto, encerrada a época dos balanços do ano passado, é para onde devem estar voltadas as atenções, especialmente no que diz respeito a questão econômica: o que podemos fazer para vivermos melhor. O governo federal superou expectativas negativas e assumiu a herança, pouco importa o muxoxo sobre se ela é ou não "maldita" uma vez que ela foi tornada bendita, pelo menos aos olhos da equipe econômica que lhe deu continuidade, como afirmou nos primeiros dias deste ano o presidente Fernando Henrique Cardoso. Um brasileiro que continua dando exemplo de como um dirigente deve se portar perante o seu país e ao mundo, como um verdadeiros estadista.

Estou convicta de que o governo Lula, em matéria de slogans e propaganda não deve nada a ninguém, mas esperamos que em 2004 possamos contar na prática com programas sérios, conduzidos por profissionais competentes, independente da "carterinha" partidária, e que venham de fato a serem traduzidos em benefícios a todos os brasileiros. Quando digo todos, não quero que interpretem que penso somente nos pobres e miseráveis, mas na massa da classe média, que viu em 2003 o seu poder de compra desabar, como mostram as principais pesquisas econômicas, indicando que o brasileiro consumiu 4% menos alimentos no ano passado, mas pagou 26% a mais pelo que comeu.

Como minha obrigação de parlamentar, vim, ao longo do ano passado, colocando o dedo na ferida e apontando o que não passou de discurso, e não foi, portanto, traduzido em ações concretas e práticas do governo federal. Mas não quero cair na armadilha de cobrar resultados que não podem ser solucionados por governos sozinhos, uma vez que as ações estão globalizadas.

Mesmo assim, não posso deixar de cobrar mais ousadia do governo federal, exigindo uma retomada do crescimento econômico e abertura das possibilidades para investimentos. O governador Geraldo Alckmin, neste sentido, é um exemplo a ser seguido. A mais recente pesquisa de opinião pública, divulgada na primeira semana deste ano, demonstra que 62% dos paulistas julgam o seu governo ótimo ou bom. A realidade de Sorocaba, há sete anos sendo administrada pelo PSDB, é a mesma como demonstraram pesquisas encomendadas pelo Diretório Municipal do PT no final de 2003, que apontaram uma aprovação da administração de Renato Amary num patamar superior aos 80%.

Neste sentido, na Assembléia Legislativa, como uma das mais ativas parlamentares, estive durante todo o primeiro ano deste meu mandato, centrada em ações voltadas ao benefício de nossa região e, com isso, conseguimos expressivas conquistas incorporadas ao Orçamento de 2004 e ao Plano Plurial Anual (PPA), que planeja ações até 2007 trazendo uma significativa melhora na qualidade de vida de toda nossa região.

Por fim, encerro este meu voto de ano bom, afirmando que ele começa com a certeza de que estamos no caminho certo. Continuamos a preparar nosso Estado para aproveitar os momentos favoráveis que irão florescer do que plantamos ao longo dos últimos anos. Mas quero lembrar que, por serem momentos, eles são fugazes e ameaçam nossa comunidade de um retrocesso em caso de escolhas erradas. 2004 está aí, como mais uma chance de demonstrar-mos que estamos no caminho certo para a consolidação de nossa qualidade de vida. Espero que nenhum paulista, nenhum paulistano, não desperdice a fugacidade deste instante.