A Comissão de Administração Pública aprovou na última quarta-feira, 12/3, requerimento de autoria do deputado Roberto Felício (PT) para convidar o presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), Thomaz de Aquino Nogueira Neto, a prestar informações sobre as razões que levaram a empresa a firmar contrato com o Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente (Idelt). Segundo apurou Roberto Felício, o Idelt é uma organização não-governamental criada pelo vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, pelo ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, Frederico Bussinger, e pelo próprio Thomaz de Aquino Nogueira Neto, notabilizando-se por prestar serviços aos governos do PSDB. "A entidade é presidida pela mulher de Bussinger, Vera Bussinger. E, segundo a denúncia, recebeu pelo menos R$ 5 milhões dos cofres públicos nos últimos sete anos, apenas no Estado de São Paulo", informa o deputado. Também foi aceito o convite para que o procurador-geral de Justiça, Rodrigo César Rebello Pinho, preste informações sobre os procedimentos que o Ministério Público Estadual está tomando no que diz respeito às contratações que a Administração Pública está formalizando com o Idelt. Membro da comissão de Administração Pública, o deputado Roberto Felício solicitou ao Ministério Público Estadual a apuração do suposto superfaturamento de contratos e favorecimento da organização não-governamental ligada ao PSDB. Estão sendo analisados atualmente ao menos 16 contratos e aditamentos, parte sem licitação, com Dersa, Sabesp, Secretaria Estadual do Trabalho, prefeituras de São Paulo e de Carapicuíba. rfelicio@al.sp.gov.br