DA ASSESSORIA

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) voltou a cobrar do governo do Estado rápidas providências para evitar que a travessia de balsas entre Santos e Guarujá entre em colapso. Desde o ano passado, a parlamentar reivindica providências, tendo apresentado emenda ao orçamento para garantir os recursos necessários - R$ 58 milhões - para execução de duas novas travessias previstas pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa).

Prandi não se surpreendeu com as informações apresentadas pelo diretor de Travessias da Dersa, Ricardo Goulart, que anunciou a iminente saturação da travessia. "Verificando os inúmeros problemas, já no ano passado estive reunida com o diretor, que apresentou os estudos sobre as duas travessias. A partir dos dados, propus emenda ao orçamento do Estado, na expectativa de que os serviços fossem executados este ano", relembra a deputada, lamentando que meio ano já tenha transcorrido, sem providências concretas.

Além de apresentar a emenda ao Orçamento, em setembro do ano passado, Prandi dirigiu moção ao governo do Estado, alertando para a iminência do colapso. A parlamentar também endereçou um Requerimento de Informações ao governo, pedindo esclarecimentos adicionais sobre o andamento dos projetos das duas novas travessias por balsas.

Este ano, Prandi incluiu o projeto das duas travessias na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). "As soluções não podem mais ser adiadas. As obras de duplicação da Imigrantes estão no fim. A travessia Santos-Guarujá apresenta o maior volume de tráfego de veículos do mundo. Nossas balsas transportam 25 mil veículos e 7.500 ciclistas por dia", observa. No dia 5 de janeiro do ano passado, o sistema bateu o recorde de movimento diário, tendo sido transportados 36.704 veículos.

"Estudos da Dersa mostram que a travessia Santos-Guarujá apresenta aumento constante de movimento, à média de 5,35% ao ano. Como será a partir da nova pista da Imigrantes?", questiona a parlamentar.

TÚNEL - Desde o ano passado, Prandi vinha alertando que não havia tempo a perder. Sobre a alternativa do túnel, Prandi afirma que não deve ser descartada, mas lembra que a solução é de longo prazo, incompatível com as necessidades atuais e iminentes. "É a grande solução futura", acrescenta.

Prandi entende que, a curto prazo, as duas novas travessias equacionam o problema. "O diretor Ricardo Goulart calcula que em 10 meses é possível viabilizar as duas travessias, a partir do início dos serviços", acrescenta. Uma das travessias, projetada apenas para o transporte de passageiros e veículos leves, faz a ligação por balsas entre o Paquetá, em Santos, e o bairro Bocaina, no distrito de Vicente de Carvalho. A outra ligação marítima, por balsas, destinada prioritariamente a veículos pesados, estabelece um elo entre o Paquetá e a Ilha Barnabé, servindo principalmente ao movimento portuário.