O Metrô de São Paulo, moderno sistema de transporte de massas, completa 27 anos de funcionamento em setembro, com grande utilidade para a população. Infelizmente, o Metrô enfrenta hoje graves problemas. Esse sistema já provou que é o mais eficiente, mas, mesmo assim, não recebe prioridade dos governos para sua ampliação. Quando da construção da primeira linha, foi usado dinheiro federal, estadual e municipal, mas, com o tempo, só o Governo do Estado passou a bancar as obras. Com isso, nestes 27 anos, o Metrô de São Paulo tem pouco mais de 50 quilômetros de extensão, com 46 estações, bem menos da metade da rede da Cidade do México, sem se falar em Paris, Londres, Nova York, Tóquio, Moscou, Estocolmo, Madri e Barcelona.

No fim de junho, a população de São Paulo voltou a sofrer com mais uma greve dos funcionários do Metrô, que são useiros e vezeiros em promover paralisações ilegais. Os metroviários levam a vantagem de poder pressionar as autoridades: quando eles param, a cidade pode não parar, mas o trânsito fica muito mais lento e confuso. Como paulistas, porém, os metroviários são gente como a gente e sofrem os mesmos problemas da falta de segurança contra os bandidos. As bilheterias das 46 estações do metrô paulistano foram fechadas por dez minutos, em 20 de junho, em protesto contra os seguidos assaltos ocorridos nessas bilheterias. Uma funcionária do metrô ficou mais de 20 horas como refém de assaltantes, quando do ataque à estação Ana Rosa. O Sindicato dos Metroviários sugere ações contra os assaltantes, como a blindagem das bilheterias, mas não existe nada mais eficaz do que uma polícia realmente rígida.

*Afanasio Jazadji é advogado, jornalista, radialista e deputado estadual pelo PFL