Nesta semana, a psicóloga Rosely Sayão escreveu em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo o texto "Trote de habilidades sociais". O artigo conta sobre a experiência que ela teve ao encontrar um calouro pedindo dinheiro no cruzamento. No episódio, Sayão resolveu perguntar para o jovem, um tanto alterado, se poderia ajudá-lo de outra maneira que não dando dinheiro a ele.

A resposta, segundo ela, a deixou paralisada já que o rapaz disse após um período de silêncio que queria ser tirado dali. A psicóloga parou o carro mais a frente, mas não conseguiu achar o jovem em meio a outros alunos com os rostos pintados.

Para o deputado Gilmaci Santos, líder do PRB na Assembleia, a narração da especialista resume bem como certos tipos de trote são cruéis. "Infelizmente, na maioria das vezes, mesmo que o trote não seja tão agressivo, exige que o calouro seja humilhado em público".

O parlamentar é autor do Projeto de Lei 77/2009, que proíbe o trote estudantil aos alunos que ingressam em cursos superiores de todo o Estado de São Paulo. O projeto determina que os dirigentes das instituições de ensino superior apliquem penalidades administrativas aos estudantes que praticarem o trote, incluindo a expulsão.



gilmacisantos@al.sp.gov.br