Com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre o afastamento de funcionários da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, foi ouvido pela Comissão de Relações do Trabalho nesta quarta-feira, 28/3.

"Estamos, com esta reunião, procurando envolver a Assembléia Legislativa nas negociações entre a Cetesb e o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), atuando como mediadora", explicou o presidente da comissão, deputado Nivaldo Santana (PCdoB). "A reunião foi solicitada pela entidade sindical para que pudéssemos, também, nos inteirar do afastamento de trabalhadores da empresa que fazem parte do Conselho de Representantes dos Funcionários e representantes de sindicatos", afirmou o deputado. Segundo o sindicato, a transferência tem sido sistemática, visando desarticular a organização dos funcionários.

Tripoli lembrou que "havia um canal de negociação aberto entre a empresa e o sindicato, rompido pela greve deflagrada dois meses antes das eleições municipais. A Cetesb recorreu à justiça para não cair no crime de prevaricação. Quem lida com a coisa pública tem que tomar muito cuidado para não cometer esse erro". Sobre a transferência de funcionários, o secretário disse que a empresa tem uma "política de incentivo a quem quer atuar no interior e no litoral, não ocorrendo a alegada perseguição".

"Assim como a Cetesb, outras empresas públicas como a Sabesp e o Metrô, apelaram para a justiça trabalhista em casos como o que estamos discutindo. O que o secretário não entende que o efeito suspensivo concedido pelo Poder Judiciário é justamente para que as negociações sejam retomadas, o que não está ocorrendo", argumentou Elisabeth Tortolano, presidente do Sintaema.

Ricardo Tripoli expôs, também, um balanço da atuação da empresa desde 1999.