Antes mesmo de assumir a condução do Estado em março de 2001,o governador Geraldo Alckmin vinha regendo de maneira descarada,o comando ao Poder Legislativo paulista. Naquela época, Alckminatuava como protagonista na execução do projeto de desmonte doEstado- foi o presidente do programa de privatização -Programa deDesestatização do Estado- que, entre outras conseqüências, aumentou de 11 para 96 o número de praças de pedágios e em 600 % o valor da tarifa. Outros ativos do patrimônio público como Banespa, Cesp, Eletropaulo, também passaram para as mãos da iniciativa privada, sobo mote da ineficiência do Estado e a retórica de que o mercado detinha asapiência de administrar. Alckmin foi autor de todo o processo e semanteve oculto, protegido pela condição de vice. Agora, eleito governador quer subjugar o Poder Legislativo, num flagrante desrespeito ao Estado Democrático de Direito.Logo na posse, em março deste ano, o governador atacou o Parlamento,acusou-o de paralisia e, numa explícita ingerência nos trabalhos dos deputados, quis pautar mudanças no Regimento Interno que norteia asações dos parlamentares.Apenas nesses seis meses de trabalho a pauta da Assembléia está tomadapor 160 vetos, sete projetos do Executivo, encaminhados em regime deurgência; 26 pedidos de CPI protocolados dos quais seis são de autoria petista e, até o momento, nenhuma foi instituída, por conta dos deputados do PSDB que regidos pelo Palácio dos Bandeirantes, deveriam primar pelos interesses da população que os elegeram, foram cooptados eatuam sob os ditames de Geraldo Alckmin. Nós, da bancada do PT não aceitamos que o Legislativo paulista passe aser uma banca de homologação dos projetos do Executivo e sermostransformados em estafetas do governador. Antonio Mentor, líder da Bancada do PT na Assembléia de São Paulo