Funcionários da Saúde pedem apoio dos deputados em negociação com o Executivo

(com fotos)
26/06/2001 19:06

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Em reunião informal da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa desta terça-feira, 26/6, presidida pelo deputado Alberto Calvo (PSB), Sônia Takeda, presidente do sindicato dos funcionários da Saúde, SindSaúde, pediu o apoio dos deputados estaduais às reivindicações da categoria junto ao Executivo. Os funcionários da Saúde, em greve há 15 dias, reivindicam piso salarial equivalente a três salários mínimos, a extensão dos benefícios aos funcionários aposentados, jornada de 30 horas semanais para os funcionários da área administrativa, plano de carreira e aumento do plano de incentivo.

Sônia Takeda lamenta a continuidade da greve dos funcionários da saúde: "Para nós é muito difícil dizer à população que ela não será atendida porque estamos em greve", e disse saber que o governo tem uma proposta de reajuste salarial para todo o funcionalismo público, "mas ainda não se sabe qual será o percentual".

O deputado Roberto Gouveia (PT) propôs que a comissão envie um documento ao Executivo, com cópia para as Secretarias de Governo e Gestão Estratégica e da Saúde, solicitando que o governo apresente sua proposta até segunda-feira, 2/7, quando será realizada uma audiência no Palácio dos Bandeirantes para tratar do assunto. Segundo Gouveia, o governo apresentará uma proposta com três pontos: um índice geral de reajuste para todo o funcionalismo público, a gratificação na área da Saúde e o plano de carreira para a categoria. "Esse é um bom ano para trabalharmos, porque no ano que vem teremos eleições", disse Gouveia.

Os deputados José Augusto (PPS), Pedro Tobias e Milton Flávio, ambos do PSDB, concordaram com a sugestão de Gouveia e pediram à presidente do sindicato que acompanhe a situação dos funcionários da saúde de Diadema, muito criticada pelos parlamentares. "Não dá para aceitar redução salarial em nenhuma área", justificou Milton Flávio.

O presidente da comissão comunicou que o órgão elegerá seu vice-presidente em agosto, após o recesso parlamentar.

alesp