O presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Walter Feldman, recebeu na tarde desta quinta-feira, 21/6, reivindicações apresentadas por representantes de seis entidades que reúnem funcionários, professores, inativos e pensionistas do ensino fundamental da rede estadual de ensino. Apeoesp, CPP, Udemo, Apase, Apampesp e Afuse estiveram no salão nobre da Presidência da Casa, acompanhados pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT), para pedir a mediação da Assembléia no encaminhamento das suas solicitações ao governador Geraldo Alckmin.

As entidades querem basicamente aumento salarial e melhores condições de trabalho. Nessa reivindicação enquadra-se o limite de 35 alunos por sala de aula, proposto pelo deputado Carlos Zarattini (PT) - atual secretário de Transportes do município de São Paulo - através de projeto de lei, já aprovado pela Assembléia e vetado pelo governador. A derrubada desse veto foi pedida pelos professores a Feldman. De acordo com o presidente da Assembléia, na questão dos vetos ainda não se chegou a um acordo. "Da nossa parte, há o empenho", disse ele. Para os professores, é necessário que essa quastão se resolva o mais breve possível, para que no ano que vem as escolas já estejam estruturadas para receber apenas 35 alunos em cada sala.

Também presente à reunião, o líder do governo, deputado Duarte Nogueira (PSDB), se prontificou a, junto com Feldman, levar as reivindicações ao conhecimento do governador e mediar as negociações.

A Assembléia tem sido utilizada como canal de intermediação entre o Palácio dos Bandeirantes e as diversas categorias do funcionalismo público. O próprio presidente da Assembléia lembrou a atuação da Casa nas negociações entre os funcionários da Saúde e os das polícias com o Executivo e se dispôs a fazer o mesmo no caso do pessoal da Educação.

Maria Lúcia Prandi destacou o trabalho da Comissão de Educação, que tem, segundo ela, recebido as reivindicações das diversas entidades e as encaminhado ao governador na forma de indicação. Ela enfatizou a necessidade da reativação do diálogo entre os funcionários da Educação e o governo.

Feldman se colocou à disposição das entidades e disse que a tarefa da Assembléia é lhes dar uma satisfação. "No fundo, todos nós queremos construir uma sociedade mais justa."