Defendida a ampliação de arranjos produtivos locais no Estado


30/06/2004 14:09

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Amary

A deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) defendeu, em entrevista a jornais da Grande São Paulo nesta segunda-feira, 28/6 , a ampliação do número de arranjos produtivos locais no Estado. Os APLs são aglomerações de empresas regionais para a interação, cooperação e aprendizagem entre produtores, prefeituras, associações empresariais, centros de pesquisa e instituições financeiras.

O objetivo dos arranjos produtivos é fazer a convergência em termos de expectativas de desenvolvimento, para que haja uma distribuição melhor do emprego e da renda e um redesenho do mapa da economia. O processo começou nos Estados Unidos, na região do vale do silício, em torno da informática, e chegou ao Brasil pelas Serras Gaúchas com o turismo.

Atualmente, a deputada afirma que existem 533 APLs oficializados no país e 31 no Estado, alguns instalados na região de Sorocaba, como Cerquilho, com a área de confecções infantis; Itapetininga, com hortifruticultura; e Laranjal Paulista, com a cerâmica estrutural, e há outros na fila, exemplo de Itu, na área de cerâmica vermelha, que participou de um seminário sobre o assunto na Assembléia dia 23.

Maria Lúcia Amary diz que este é o momento ideal para trabalhar a ampliação porque o governo federal acaba de anunciar que investirá R$ 70 milhões do orçamento da União na estruturação desses pólos locais. "Além disso, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, diz que o governo estadual também investirá".

Como forma de ajudar os interessados nas cidades, a deputada vai disponibilizar no seu gabinete informações sobre os principais passos para se montar arranjos produtivos locais nas cidades. Ela ressalta que esse trabalho depende decisivamente da atuação das prefeituras no sentido de estabelecer a vocação dos municípios e de definir competências locais.

Para a deputada, não só é importante ampliar, mas consolidar os arranjos existentes. Interessada na questão, principalmente por ser vice-presidente da Comissão de Assuntos Municipais da Assembléia, Maria Lúcia vem acompanhando as negociações em torno da implantação. "Temos observado que os APLs atuais ainda não estão cooperando e estão mais restritos à proximidade territorial".

A parlamentar enfatiza que os arranjos produtivos devem unir empresas do mesmo ramo para conciliar competição e colaboração, sobretudo no que se refere à troca de informações. "Não se briga com o vizinho. Briga-se com o mercado". Para exemplificar, ela cita o caso de Tapiraí, também na região de Sorocaba, que vem conseguindo especializar-se na exportação de gengibre por unir produtores.

mlamary@al.sp.gov.br

alesp