DA ASSESSORIA

O deputado estadual Vanderlei Macris (PSDB) recebeu nesta terça-feira, 25/6, uma delegação de empresários e lideranças empresariais de Americana, Santa Bárbara D''Oeste, Sumaré, Nova Odessa e Hortolândia, que se manifestaram favoráveis ao Projeto de Lei 440/2001, de iniciativa do deputado Macris, que cria o Pólo Tecnológico da Indústria Têxtil e de Confecções naquelas municípios. O grupo, que participou da reunião de líderes da Assembléia, recebeu apoio do PSDB, PT e PPS.

Macris está otimista com as chances de o projeto, que tramita em regime de urgência, ser aprovado antes do recesso parlamentar de julho. "A aprovação da matéria na reunião de líderes é vital para a sua apreciação em plenário", declarou o parlamentar.

Com a aprovação do projeto, os empresários acreditam que haverá mais dinamismo no setor, como aumento da produção, geração de emprego e incentivo à pesquisa tecnológica. "Atualmente, a região de Americana é responsável por 85% da produção nacional de tecidos planos e fibras sintéticas", explicou o parlamentar.

Após passar por um período de crise, entre os anos de 1993 e 1995, a indústria têxtil apresentou sinais de recuperação, mas enfrenta dificuldades com a alta do dólar - em razão da importação de parte das matérias primas, equipamentos e peças de reposição. O Pólo Tecnológico, segundo o deputado Macris, será importante para incentivar o dinamismo da indústria e incrementar a exportação. "Beneficiará a economia como um todo", defendeu o deputado.

O projeto conta com amplo apoio da sociedade civil na região compreendida pelas cinco cidades. Para mostrar essa unidade, estiveram presentes 30 lideranças da região, entre as quais, o vereador Orestes Camargo Neves (PSDB/ Americana), o presidente do Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara e Sumaré, Mário Zocca, a presidente da Associação Comercial de Americana, Nilza Tavoloni, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara, Sebastião Adail Ribeiro, o presidente da Feira Industrial de Americana (Fidam), Alfredo Antunes de Almeida Júnior, o diretor do Ciesp, Rafael Servone Neto, a diretora do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Bárbara, Sandra Pardini, o diretor do Ciesp de Americana, José Pedro Furlan e o diretor do setor de Indústria e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Americana, João Batista Girardi.

Durante a reunião de líderes, Nilza Tavoloni disse que as cinco cidades incluídas no projeto, aproveitando o incentivo dado pelo governo federal ao setor de exportação, estão investindo em um projeto pioneiro. Segundo ela, a indústria têxtil e de confecção é responsável por 50% da mão de obra ocupada da região.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Tecelagem afirmou que as indústrias da região investiram R$ 8 bilhões para modernizar os equipamentos e que, em razão da concorrência externa, o setor saiu de um déficit de US$ 350 milhões para um superavit de US$ 90 milhões.

Os líderes do PT, Carlinhos de Almeida, do governo estadual, Duarte Nogueira, do PSDB, Sidney Beraldo, e do PPS, Dimas Ramalho, disseram que os deputados de suas bancadas fecharam questão em favor do projeto.

Rafael Cervone Netto, diretor do Ciesp de Santa Bárbara, afirma que as indústrias da região são competitivas e que, segundo estudos da Unicamp, a união das cidades pode aumentar a força da região.

Outro ponto ressaltado foi o fato de a produção estar sendo comercializada fora da região. Segundo as lideranças empresariais, os tecidos produzidos poderiam estar sendo utilizados pelas confecções locais, evitando que elas tivessem de adquiri-los fora. Segundo o vereador Orestes Camargo, "o destino de 91% da produção vai para fora da região. O Pólo é uma maneira de reorganizar nossa produção para impedir que a matéria prima seja comprada fora". Ele ressaltou que a indústria da confecção gera mais empregos ainda do que a tecelagem. "Um tear é manejado por mais de uma pessoa, ao passo que para cada máquina utilizada na confecção é necessário um operador".

Quanto ao aspecto da tecnologia, o deputado Macris anunciou que já fez contatos com a Secretaria Estadual de Indústria e Tecnologia para os incentivos necessários. "Queremos criar condições para que a tecnologia alcançada na região se torne referência para o Estado".