Número de partidos representados na Assembléia aumentou


14/03/2003 22:00

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DA REDAÇÃO

Um aspecto que chamou a atenção de analistas políticos nas eleições para Assembléia Legislativa em 2002 foi a pulverização partidária. A maior bancada saída das urnas, a do Partido dos Trabalhadores, com 23 deputados, somada aos 18 deputados eleitos pelo PSDB, a segunda maior, não chegaram a atingir nem 50% das 94 cadeiras. Subtraídos esses 41 deputados dos partidos majoritários, os outros 53 estão divididos entre 14 partidos políticos.

No conjunto, pode-se observar que houve um crescimento do número de partidos representados na Assembléia Legislativa, de 14 para 16. Três destes, o PTN, o PGT e o PRP, elegeram somente um deputado. O PL e o PCdoB, apenas dois.

Afora isso, organizações partidárias de expressão, como o PFL, o PPB e o PTB, iniciam a nova legislatura com algumas cadeiras a menos.

Uma surpresa saída do pleito de outubro ficou por conta do Partido Verde (PV). A este se credita o caso mais notável de crescimento. Passou de uma cadeira para cinco. A legenda superou partidos do peso e tradição de um PMDB, que já chegou a contar com 47 parlamentares na Assembléia.

O significado dessa geografia das bancadas abre-se a algumas especulações. A primeira delas resulta do tradicional assédio dos partidos menores pelos maiores. A história recente do parlamento permite algumas ilações. Os integrantes dos pequenos partidos tendem a migrar para outros maiores ou a se submeterem às orientações traçadas por estes. Muitos acertos já podem ter sido costurados mesmo antes da posse para aumentar o poder de negociação nas disputas por posições na Mesa Diretora e nas comissões permanentes da Casa.

Este sábado pode reservar algumas novidades na ciranda das cadeiras.

alesp