Partidos pequenos perdem seus representantes


15/03/2003 21:15

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Com a mudança de partido, após a posse, partidos

como PTN, PGT e PRP, que contavam com apenas

um deputado, ficam sem assento na atual Legislatura.

DA REDAÇÃO

O resultado das urnas de 6 de outubro traz à Assembléia paulista 94 deputados, integrantes de 16 partidos políticos, alguns destes novos na Casa e com poucos componentes.

Dentre os partidos que mais cresceram nesta 15.ª Legislatura, o Partido Verde (PV) é o destaque. Agora são cinco os deputados. Segundo Luís Carlos Gondim, único deputado do PV na Legislatura que se encerrou, o crescimento do partido se deve ao trabalho feito pelo partido nas últimas eleições. "A boa mensagem do partido e o programa nacional em relação ao meio ambiente e à medicina preventiva foram bem aceitos pelos eleitores, em todo o Estado, fazendo com que o número de componentes do nosso partido crescesse dessa maneira", falou Gondim, declarando, entretanto, que deverá mudar de partido nos próximos dias, compondo a bancada do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Outro deputado que também está indo para o PTB é o deputado Pastor Bittencourt. Único parlamentar do Partido Geral dos Trabalhadores (PGT) na Casa, ele declarou que a sua saída do PGT se deve a uma decisão da Comissão de Articulação Política da Assembléia de Deus. "Com a fusão do PGT ao PL, preferimos deixar o partido, indo para o PTB", disse.

Também a deputada Maria de Jesus, que tomou posse pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN), declarou que logo após a posse assinará ficha de filiação ao Partido da Frente Liberal (PFL). "Por ser a única representante do partido, acho que não daria para fazer muita coisa. Como quero trabalhar em projetos sociais, procurando um investimento maior no ser humano, principalmente das zonas mais carentes do Estado, acho que farei um trabalho melhor estando em um partido maior", observou.

Outro parlamentar que provavelmente deixará de compor o Partido Republicano Progressista (PRP), do qual é único representante na Assembléia, é o deputado Zuza. "Estamos em entendimentos com o PSDB e existe grande possibilidade de eu me filiar ao partido nos próximos dias. Sempre votei com o governo e quero continuar seu parceiro", declarou, lembrando que "pela nova lei, os pequenos partidos vão perder as lideranças, ficando numa situação difícil".

Para o decano da Casa, deputado Arthur Alves Pinto, que, juntamente com Souza Santos, compõe a bancada do Partido Liberal (PL), o partido ainda não estudou a formação de nenhum bloco com outros menores e que "nenhum dos membros do PL, no momento, tende a mudar de partido".

Outra bancada com apenas dois membros no Parlamento paulista é a do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Segundo o deputado Nivaldo Santana, nem ele nem a deputada Ana Martins têm intenção de mudar de partido. "Ficaremos no PCdoB até o último dia de nossos mandatos", falou, acrescentando que "a única composição possível que faremos é com o bloco de oposição da Casa".

O Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona), que elegeu quatro representantes nas últimas eleições, deve ficar com apenas três elementos. Segundo o deputado Said Mourad, somente o deputado Adílson Barroso Oliveira deixa o partido, mas os outros três continuam a compor a bancada paulista, sob a liderança de Havanir Nimtz.

alesp