O termo talvez não seja conhecido pela maioria das pessoas, mas os benefícios das cidades digitais têm alcançado, em ritmo acelerado e democrático, várias regiões do país. No Estado de São Paulo, a pequena Sud Mennucci (a 600 quilômetros da Capital) tem garantido acesso público, rápido e gratuito aos seus cerca de oito mil moradores. Para falar sobre o tema, a Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia da Alesp, presidida pela deputada Célia Leão (PSDB), reuniu um grupo de empresários da área de telecomunicação para debater o conceito e ampliação das cidades digitais no Estado. Em algumas cidades, o acesso à informação on line é possível graças à disponibilização, por parte das prefeituras, da internet sem fio ou wireless. Apesar das dificuldades regulatórias, financeiras e tecnológicas, as cidades digitais que conseguiram implantar suas redes Wi-Fi, Wimax e pré-Wimax, Mesh ou variações, constataram melhoria de indicadores sociais, educacionais e econômicos. Conforme informações no site da Prefeitura de Sud Mennucci, a tecnologia Wi-fi (distribuição de rede via ondas de rádio) solucionou o problema dos altos custos de telefonia resultante de discagens interurbanas para provedores da região. De acordo com os palestrantes, pontos importantes para a ampliação das cidades digitais devem ser discutidos, entre eles a disponibilização e atualização de informações e o aspecto financeiro. Eles acreditam que o gerenciamento de toda essa infra-estrutura deve ser da iniciativa privada, desde que as regras sejam estipuladas pela prefeitura e as regulamentações da Anatel sejam preservadas. Participaram do debate Carlos Alberto Waderley, editor de Banco Hoje; Maurício Ghetler, consultor da Febraban; Cleber Morais, presidente da Avaya Tecnologia; engenheiro Daniel Edelmuth, ex-chief information officer (CIO) da Nossa Caixa; George Zelenjuk, da Intec; Roberto Aroso, presidente da Associação Brasileira de Telecomunicações; e o secretário-adjunto estadual de Desenvolvimento, Carlos Américo Pacheco.