Notas de Plenário


30/09/2008 21:13

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Solidariedade aos policiais



"É hora de o governador entender que sua política salarial é a mais injusta que se pode imaginar e faz com que o policial se arrebente no bico", disse Edson Ferrarini (PTB) ao apoiar a greve da Polícia Civil e garantir que a Polícia Militar apóia "de coração" a luta. "O tratamento aos aposentados e pensionistas é vergonhoso, já que o governo dá pouco aumento e em forma de abonos e gratificações", que não podem ser levados quando os policiais passam à inatividade, continuou o deputado, que considerou ainda que a população de São Paulo precisa que a polícia ganhe essa guerra, em prol da Segurança Pública do Estado. (MF)



Apoio à greve



Olimpio Gomes (PV) pediu aos manifestantes da Polícia Civil, presentes no plenário, que ficassem em pé e fizessem 30 segundos de silêncio em homenagem a "mais um herói da polícia", o investigador Francisco Couto, assassinado nas ruas do bairro do Ipiranga, na capital. O deputado apontou o "desrespeito do governador José Serra para com a polícia, não só em relação ao salário, mas também às carreiras e às condições de trabalho". Gomes pediu aos comerciantes paulistas que se somem à decisão da Associação Comercial de Barretos, que irá fechar por uma hora as portas das lojas no dia 2/10, em solidariedade aos policiais. (MF)



Direito à greve



O direito legítimo de greve e manifestação foi defendido por Carlos Giannazi (PSOL), ao se solidarizar com a greve da polícia, e reclamar que "setores da imprensa conservadora tentam desqualificar o movimento". Giannazi ainda lembrou o passado de luta pela democracia do governador, criticando-o por "usar os mesmos instrumentos do regime militar para com o funcionalismo" e por não permitir diálogo e negociações com os grevistas. O deputado divulgou ainda uma carta aberta da Polícia Civil, onde são explicadas à população as razões da greve. (MF)



Que Deus lhe toque o coração



Referindo-se aos policiais civis como cidadãos honrados, João Barbosa (DEM) lembrou que faz parte da Igreja Universal do Reino de Deus. "Estamos pedindo a Deus, estamos orando para que Deus toque o coração do governador", disse, afirmando que nunca teve queixas da atuação da polícia, que sempre atendeu prontamente a ele e à sua congregação. "Tenham certeza de que minha instituição está a favor de vocês." (OT)



Sinal positivo



Mauro Bragato (PSDB) elogiou a manifestação dos policiais civis, considerando um sinal positivo de organização e democracia, que mostra o grau de politização da sociedade brasileira. Ao comentar avanços nas negociações com o Poder Executivo, foi interrompido pela palavra de ordem Pior salário do Brasil!, entoada pelos manifestantes. Bragato lembrou que sempre exortou as categorias de trabalhadores do funcionalismo, suas associações e seus sindicatos a virem à Assembléia buscar interlocutores. (OT)



"É uma vergonha!"



Em apoio à luta dos policiais civis em greve, Otoniel Lima (PTB) afirmou que, mesmo fazendo parte da base aliada do governo paulista, estranha que a Segurança Pública não faça parte de um plano de governo. Propôs que 25 centavos de cada tarifa de pedágio pago no Estado de São Paulo vá para o Fundo da Segurança Pública. "Ver a polícia parar por aumento de salário, para São Paulo, é uma vergonha!" (OT)



Abaixo do limite prudencial



Roberto Felício, líder do PT na Assembléia, disse que, quando o governo tinha de negociar com os professores e os servidores da Saúde, dizia que estava no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, não diz mais, porque está arrecadando mais e gastando menos, segundo dados do próprio governo. Segundo Felício, apenas 39% das receitas líquidas do Estado estão sendo gastas com folha de pagamento, o que permitiria, em tese, um aumento médio de 25% a todos os servidores públicos estaduais. (OT)



Prejuízo à população



O tom conciliador do deputado José Bittencourt (PDT), conclamando ao diálogo, não impediu que fosse interrompido pelas palavras de ordem Pior salário do Brasil!. Ele afirmou que todos os deputados da Casa estão empenhados na melhoria dos salários dos servidores do Estado. Porém, disse que, com a greve, quem está sendo prejudicada é a população do Estado: "A reivindicação é justa, mas a população não pode ser prejudicada". (OT)



Política salarial nefasta



Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que a política salarial do governador José Serra para com todos os servidores públicos é a pior possível: "nefasta e danosa". Segundo ele, isso se comprova com a aprovação de vários projetos que só prejudicam os servidores públicos. Segundo o parlamentar, há mais de 14 anos os servidores não têm reajuste salarial. Para Giannazi, a luta dos servidores da Segurança Pública é a mesma dos servidores da Educação, da Saúde e da Agricultura. Para concluir, o parlamentar declarou que envidará esforços para instalar uma CPI que investigue o abandono em que se encontra a segurança em São Paulo. (SM)



Com grevistas não negocia



Para Roberto Felício (PT), os 94 deputados desta Casa gostariam que o governador de São Paulo enviasse uma proposta para resolver o problema da greve da polícia. Lembrou que é na hora da votação que o deputado declara de que lado está, se na oposição ou na situação. O parlamentar afirmou que também é funcionário público, mas da Educação. Felício fez menção a projeto aprovado que fixa a data-base da categoria em 1º de março, "mas que infelizmente o governo não vem respeitando", e lamentou a postura do governador quando fala que "com grevistas não negocio". "O governador já ultrapassou o limite da prudência, da tolerância com os servidores e com toda a sociedade paulista, porque os serviços prestados são para todo o povo de São Paulo", afirmou. (SM)



Melhor polícia, menor salário



Para Olimpio Gomes (PV), a família policial veio à Assembléia Legislativa porque não suporta mais a prostração desta Casa diante do Executivo. O parlamentar afirmou que não tem medo de investigação nenhuma e lamentou que vários deputados fazem um discurso apaixonado pela polícia, mas na hora da votação ficam ao lado do governador. Olimpio afirmou que está sensibilizado com este momento por que passa a polícia de São Paulo, que "é a melhor polícia do Brasil, mas infelizmente tem o menor salário do país. Citou matérias dos jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde, intituladas Companhia da PM é despejada e Vejam a situação da polícia hoje. (SM)



Justa pressão



Edson Ferrarini (PTB) colocou-se à disposição para "apoiar, de maneira irrestrita, o movimento da polícia civil", que avaliou como justo e democrático. O deputado lembrou ao público que lotava as galerias, policiais e familiares vindos de toda a região do Estado, a importância do movimento ter vindo para a Assembléia, pois a ressonância é maior graças aos veículos da Casa, como a TV Alesp, cuja imagem é vista em todo o Estado. (JM)



Pacto



Durante aparte concedido por Ferrarini, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) propôs um pacto suprapartidário entre todos os deputados desta Casa para a instalação da "CPI da segurança pública", a fim de resolver os problemas salariais e outros pleitos da Polícia Civil. Giannazi sugeriu também que, caso essa CPI não avance adequadamente, os deputados obstruam a votação do Orçamento, que deve ser apreciado logo após as eleições. (JM)



Apoio à polícia



Conte Lopes (PTB) também aparteou Ferrarini e falou que esta Casa sempre votou a favor das reivindicações dos policiais. Declarou-se também a favor do pleito dos policiais civis. (JM)



Ida ao Palácio



Roberto Felício (PT) solidarizou-se com o movimento dos policiais civis e propôs a criação de uma comissão, integrada e conduzida pelo líder do Governo, para ir ao Palácio dos Bandeirantes pedir ao governador a reabertura das negociações. "Se o governador vai ou não atender (a reivindicação) é problema dele. Mas ele vai estar diante de um fato político, isto é, os grevistas querem negociar. Quem se recusa é o governo." (JM)



Mais apoio



A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) também manifestou apoio aos policiais civis, saudando os da sua região, a Baixada Santista, presentes às galerias do plenário. (JM)



Visitas



O Plenário da Assembléia Legislativa recebeu nesta terça-feira, 30/9, a visita de alunos do campus Pinheiros do Centro de Aprimoramento Profissional de São Paulo.

alesp