Economia sustentável é o tema do segundo painel sobre a Rio+20


21/11/2011 19:55

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O palestrante Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica falou que a Frente Parlamentar Ambientalista é a única frente em que o poder civil tem a mesma importância que o poder parlamentar. Mantovani ressaltou a importância de a população pressionar os parlamentares através do site www.observatorioparlamentar.org.br. "Se trata da frente parlamentar mais atuante no Brasil", disse o palestrante.

A mesa ainda contou com a presença de Eduardo Jorge, secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, que exaltou o trabalho da ONU, na conferência de 1992, que se estende até os dias de hoje. Para Jorge, o desenvolvimento sustentável se constitui numa forma de modificar o modo que vivemos, porque confronta diretamente os valores econômicos. "A economia sustentável modifica tanto o capitalismo como o socialismo, já que ambos são profundamente materialistas", afirmou. Para o secretário, a partir do momento em que se coloca no mesmo patamar os segmentos econômico, social e ambiental, modifica-se toda a forma como aprendemos a viver até o momento.

Quanto à crise climática, em especial o efeito estufa, que não exercia impacto direto no ser humano, começa a causar preocupação e perigo à humanidade, que já busca soluções para esses problemas. Para demonstrar a gravidade do problema, o palestrante utilizou dados da cidade de São Paulo, onde são emitidos 15.738.241 toneladas de gás carbônico, sendo 76,14% para fornecimento de energia e 68,3% de gasolina e diesel.

As medidas encontradas para combater a poluição desenfreada estão associadas a uma política multilateral em que os diversos setores públicos devem se associar em prol de um beneficio maior. Ao utilizar um diesel de má qualidade, no intuito de economizar, as empresas ligadas ao transporte deixam mais pessoas doentes, o que acaba custando mais caro pois aumenta o atendimento de saúde pública. "É uma economia sem propósito e mal coordenada, onde se coloca em jogo a vida dos cidadãos", afirmou Jorge.

O secretário ainda apresentou diversas medidas de combate à poluição, como a correta destinação dos resíduos de usinas de biogás, onde se utiliza gás dos aterros sanitários, prejudiciais à camada de ozônio; e a substituição dos atuais combustíveis por alguns mais ecológicos. Além disso, deve-se continuar com práticas bem sucedidas como as inspeções veiculares e a arborização urbana.

Ao final, Jorge destacou a necessidade de retirar moradores das zonas de risco e posterior mapeamento dessas áreas, para assegurar a integridade desses moradores.

alesp