Ministério Público recebe denúncia contra sites neonazistas


11/06/2002 16:54

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Pesquisa revela conteúdos discriminatórios e lista de alvos para atentados em sites e e-mails contra negros, judeus e nordestinos

DA ASSESSORIA

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Renato Simões (PT), a diretora de Comunicação do Centro de Justiça Global, Sandra Carvalho, e representantes do movimento negro e dos judeus entregam nesta quarta-feira, 12/6, às 16 horas, uma representação ao procurador-geral de Justiça, Luis Antonio Guimarães Marrey, solicitando instauração de inquérito para apurar as responsabilidades pela divulgação na Internet de conteúdos nazistas e discriminatórios.

O documento, com cerca de 100 páginas, revela trechos como "Negro é imundo. Negro é Fedido. Negro é a escória da Sociedade. Temos que matar todos os negros. Negro é o Vírus da Sociedade", além de uma série de endereços comerciais judeus que devem sofrer atentados. Há também direcionamento a ataques contra pessoas e organizações do movimento negro.

Em 1999, denúncia encaminhada ao Ministério Público por Renato Simões resultou na prisão do estudante de letras da USP, André Schmit Amaral Gurgel, por incitar a violência contra negros, judeus e nordestinos. Submetido à Justiça, o estudante teve de prestar serviços comunitários em um albergue para nordestinos no centro de São Paulo.

alesp