Assembléia Popular


19/03/2008 19:09

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Educação pública

Após reforçar denúncia sobre agressão a aluno praticada por professor de escola estadual, Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Sudeste 4 (SER), trouxe dados sobre a qualidade do ensino público no Estado de São Paulo.

Diárias absurdas

Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro contra a Indústria da Doença, protestou contra as diárias " que chamou de absurdas - pagas pelo Ministério Público paulista a promotores e procuradores em serviço fora de sua base de lotação.

Acessibilidade

Em nome da Deftecnologia " Tecnologia para Pessoas com Deficiência - Marcelo Francisco Vilas discutiu as dificuldades enfrentadas pelos portadores de deficiência física no uso do transporte público no Brasil.



Desigualdade social

O representante do Conselho de Representantes dos Empregados da Imprensa Oficial, Sárvio Nogueira Holanda, citando reportagem publicada no jornal O Globo na edição de 16/3, disse que a reportagem mostra a vida de uma família que mora em Engenheiro Marsilac e não tem básico para viver, como saneamento básico, atendimento médico e escola para filhos.

Mais investigações

Para Josemar de Campos Silva, não há investigações aprofundadas sobre os escândalos no Executivo. "O Ministério Público, a Assembléia Legislativa e o Judiciário são estaca zero nessas investigações", declarou. Josemar falou ainda que protocolou petições em vários órgãos pedindo providências, mas não tem tido êxito.

Policiamento preventivo

A delegada aposentada Maria Lima de Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida, disse que nas 94 favelas do Guarujá se vive como se fosse Idade Média, "pois lá não há policiamento preventivo". Segundo a oradora, esse governo estadual é uma "vergonha nacional, um tirano".

Reciprocidade

Ricardo Monteiro Souza, o Mandella, da ABAM e Diga Brasil Movimento Negro, criticou os altos salários dos juízes. "Não sou contra que os juízes ganhem bem, mas e os outros funcionários públicos?", indagou. Citou também o tratamento desrespeitoso que os brasileiros têm recebido na Espanha e afirmou que os espanhóis que estão no Brasil devem ser tratados da mesma forma.

O menos pobre

Walter Silva Leite, do CREI Imprensa Oficial, abordou a questão da transparência da coisa pública no estado "menos pobre" da nação, o Estado de São Paulo. Lembrou que casos de peculato, apropriação indébita e desvio de finalidade resultaram na obra "O caso Imesp", no início dos anos 80.

Mais qualidade

Josanias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, pediu melhores condições no transporte público da região de Parelheiros e Varginha. Segundo ele, o povo está cansado de esperar por ônibus atrasados e em más condições de funcionamento. "A melhor alternativa para o caos do trânsito de São Paulo é o transporte público de qualidade, especialmente trem e metrô", opinou.

Dificuldades no transporte

José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Social Parelheiros/Marsilac, vê com preocupação as medidas anunciadas pela prefeitura paulista em relação às mudanças do bilhete único. Outra questão abordada pelo orador foi o desrespeito aos direitos trabalhistas dos empregados em cooperativas de transporte.

Constituição mutável

As constantes mudanças na Constituição mereceram críticas do representante do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, José Roberto Alves da Silva. "Quando algo não agrada ao governo ou aos parlamentares, eles não hesitam e apresentam uma emenda constitucional", afirmou.

Festival de aberrações

O Ministério Público foi cobrado quanto a sua coerência. Para Anderson Cruz, do Instituto de Educação de São Paulo, o MP não pode apontar o dedo para ninguém sem antes olhar para o seu próprio umbigo. "Nada justifica os R$ 600,00 pagos como valor de diária para os membros do MP", relatou.

Guardas civis

Sérgio Desiderá, vereador do PT em Rio Claro, solicitou aos parlamentares que façam gestões junto ao governador para que os guardas civis municipais possam aguardar o julgamento em presídios especiais, como acontece com a PM. "Quando um guarda civil é acusado por um delito ele não deveria aguardar o julgamento em um presídio comum, pois isto expõe sua vida a risco", afirmou Sérgio.



O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

alesp