Ajuda estadual às Forças Armadas terá contrapartida na segurança pública, propõe deputado


30/11/2007 11:43

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O deputado Antonio Salim Curiati (PP) propôs que os governos dos Estados mais ricos da Federação venham em socorro das Forças Armadas para que possam, depois, reivindicar a participação dos militares em ações relacionadas à segurança. A medida, segundo o parlamentar, evitaria o sucateamento das Forças Armadas.

A proposta parte do pressuposto de que os Estados que pretendem receber jogos da Copa de 2014 devem recorrer às forças militares para atuar junto às forças policiais na segurança do campeonato mundial. Isso já ocorreu em eventos como a Eco 92 e o Pan, no Rio de Janeiro, lembra o parlamentar. Ele destaca pesquisa apontando que 87% da população aprova a participação das Forças Armadas no combate à criminalidade.

Curiati citou números publicados em reportagem da revista "Veja": no Exército, por exemplo, todas as baterias antiaéreas estariam fora de combate e os tanques M 11 seriam da época da guerra da Coréia. Além disso, ele destaca que as Forcas Armadas têm a menor média salarial do funcionalismo público federal, com 2.507 reais mensais contra 4.413 reais do Executivo, 8.640 do Legislativo e 8.740 mensais do Judiciário.

Essa situação de penúria, afirma o deputado Curiati, teve seu ponto máximo em recente decisão do Exército, que chegou a adotar meio expediente nos quartéis " de segunda a quinta-feira no período da tarde e às sextas-feiras no período da manhã ", só para cortar o almoço e o jantar nesses dias. As aulas de tiro são feitas com chumbinho e fuzil de ar comprimido para economizar munição. Os blindados adotam redutor de calibre utilizando balas de fuzis de 10 reais nos treinos, já que cada tiro daquele equipamento custa 250 dólares.

Segundo o parlamentar paulista, esse quadro contrasta com o investimento em armamento feito pela Venezuela " o que leva instabilidade à região, de acordo com o deputado " e pelo Chile.

scuriati@al.sp.gov.br

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