DA REDAÇÃO A primeira reunião ordinária da Comissão de Serviços e Obras Públicas, marcada para as 14h desta quinta-feira, 17/2 - cuja pauta previa a apreciação do relatório do deputado Sebastião Arcanjo, contrário ao PL 2/2005 e suas emendas, que trata da alienação do capital social da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - não foi aberta por falta de quórum. Logo após, a presidência da Casa convocou para as 14h30 reunião da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) para apreciar o projeto.Na abertura dos trabalhos, o presidente da CFO, deputado Enio Tatto (PT), nomeou como relator o deputado Mário Reali (PT), que apresentou parecer contrário ao PL e às suas emendas.Por ter número de membros insuficiente para aprovar o relatório, o líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza, anunciou que o partido adotaria a tática da obstrução naquela reunião, que se iniciou com o pronunciamento de Roberto Felício (PT): "Mais uma vez estamos assistindo a um processo de privatização do patrimônio público, que se iniciou com a política de Fernando Henrique Cardoso. Dessa vez o alvo é a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), uma empresa superavitária que atua em um setor altamente atrativo e seguro para o investidor privado".Mário Reali iniciava seu pronunciamento afirmando que energia é um bem de primeira necessidade que não pode ser tratado como uma mercadoria qualquer: "O ritmo de trabalho nos centros urbanos não permite que se possa privar uma parcela significativa da população do uso de bens essenciais, como uma geladeira ou um televisor".O discurso de Reali acabou sendo reforçado por um incidente. Por conta da pesada chuva que caía no bairro do Ibirapuera, o Palácio 9 de Julho ficou sem energia elétrica e o sistema de iluminação de emergência não permitiu o prosseguimento dos trabalhos. Prontamente, o presidente da comissão, Enio Tatto, encerrou a reunião por falta de condições técnicas.