Da Tribuna


28/05/2009 21:00

Compartilhar:


Ditadores



Milton Flávio (PSDB) contou sua luta durante o período da ditadura, quando muitos universitários foram presos e mortos. "Não entendo como no nosso país muitas homenagens permanecem", disse. "Sou obrigado a passar pela Rodovia Castelo Branco e pelo viaduto Costa e Silva quase sempre". O parlamentar apresentou um projeto de lei que inclui, entre os critérios para homenagear alguém, que não tenha sido ditador no regime militar. "Me incomoda que a juventude brasileira desconheça o nosso passado e cultue essas pessoas. Que serviços relevantes prestaram à sociedade brasileira os ditadores?", indagou. (MC)



Livros didáticos



Olimpio Gomes (PV) comentou matéria da Folha de S.Paulo falando sobre o livro "Poesia do Dia - Poetas de Hoje para Leitores de Agora" que foi distribuído a alunos de nove anos e possui frases como "Nunca ame ninguém. Estupre". O parlamentar citou outros livros polêmicos que foram destinados a alunos da rede pública, como uma cartilha com palavrões que fazia apologia ao PCC e outra de geografia mostrando dois Paraguais. "Eu não vejo aparecer os responsáveis. É vergonhoso para o Estado de São Paulo", afirmou. Gomes anunciou ainda a presença em plenário de um grupo de jovens americanos formados, em processo de intercâmbio pelo Rotary. (MC)



Livros didáticos II



Para Donisete Braga (PT), é inaceitável que a Secretaria de Educação distribua volumes inadequados pela 4ª vez consecutiva. "A figura do Estado não tem controle sobre o conhecimento e o saber dos nossos filhos", declarou o parlamentar, dizendo que está sempre clamando pelos educadores, que não são reconhecidos e ganham péssimos salários. Braga acredita que a educação é uma esfera crucial e faltam investimentos neste setor. Para ele, a questão dos livros é um motivo de vergonha e o secretário de Educação deve tomar providências. "Peço que ele venha à Assembleia trazer explicações para esse parlamento", finalizou. (MC)



Boicote ao Governo



Após ouvir os discursos dos deputados que o antecederam, Conte Lopes (PTB) declarou acreditar na existência de um inimigo do governo Serra infiltrado dentro da Secretaria de Educação. Para o deputado, o fato de o governador ter de vir a público a cada 15 dias para explicar os últimos acontecimentos noticiados na imprensa "é o fim do mundo". De acordo com ele, é de extrema importância que se investigue o que está acontecendo na secretaria e veja se há realmente a existência de alguém infiltrado, boicotando o governo, como houve, segundo ele, há alguns anos na Secretaria de Segurança Pública. (NS)



Medicamentos de alto custo no SUS



Luis Carlos Gondim (PPS) comentou a situação de um paciente, da cidade de Presidente Prudente, que está em tratamento quimioterápico e necessita de um medicamento que custa mais de 7 mil reais. Segundo o deputado, assim como ele, são muitas as pessoas na mesma situação e que necessitam do SUS para distribuição de medicamentos. De acordo com ele, é necessária a criação de uma comissão de atualização dos medicamentos de alto custo dentro da Secretaria de Saúde para que remédios desse porte possam ser distribuídos à população. Gondim comentou ainda a votação do salário mínimo do médico e parabenizou a Associação Paulista de Medicina. (NS)



Jogo de interesses



José Augusto (PSDB) falou sobre a questão da revista da Secretaria de Educação e, após concordar com o deputado Conte Lopes, afirmou: "Não é possível que uma questão tão grave seja assunto de jornais a cada 15 dias". Para ele, deve estar ocorrendo um boicote por parte de alguma empresa que "perdeu" a disputa de distribuição do material da secretaria. De acordo com o deputado, "O governo Serra é sério e o atual secretário da Educação é uma pessoa de bem". Augusto comentou ainda o trabalho realizado nas audiências públicas sobre a Billings que, de acordo com ele, é um avanço no sentido de se fazer justiça. (NS)



Educação



Milton Flávio (PSDB) falou sobre os novos erros encontrados nos livros comprados pela secretaria de Educação e distribuídos para alunos da 3ª séria da rede pública estadual. De acordo com o deputado, existe a possibilidade de que interesses contrariados possam estar por trás da compra dos mais de 800 livros. "A secretaria criou uma comissão para avaliar o material comprado logo que tomou conhecimento do fato", afirmou o deputado, que também falou sobre um projeto de lei de sua autoria, que autoriza o Estado a retirar nomes de obras públicas que homenageiam figuras da ditadura militar como, por exemplo, o elevado Costa e Silva, o popular Minhocão. (TB)



Educação II



Vanderlei Siraque (PT) cumprimentou a comitiva da cidade de Itubi, que estava em plenário, acompanhada do vereador Julio do Posto (PT). O deputado aproveitou para falar sobre os erros encontrados nos livros comprados pela secretaria de Educação. De acordo com Siraque, o governador José Serra é responsável pela falha, pois não possui uma política para a educação. "O governador só nomeia apadrinhados", disse o parlamentar. "Ele só pensa em ser candidato e não sabe que foi eleito para cuidar das questões públicas. José Serra é responsável sim, por deixar funcionários comprarem esse tipo de livros", finalizou o deputado. (TB)



Obras inadequadas



Lamentando a distribuição pela secretaria da Educação de um livro didático inadequado, o deputado Antonio Mentor (PT) relembrou o quanto foi especial aprender pela cartilha "Caminho Suave", que tantas pessoas alfabetizou sem denegrir os valores sociais. Para o deputado justifica-se erro de publicação uma vez, mas três vezes é inaceitável e demonstra total falta de comprometimento do governo Serra com a qualidade da educação no Estado. Mentor considerou desfaçatez as tentativas de o governo tentar transferir a responsabilidade dos acontecimentos para funcionários, para a gráfica ou para a concorrência. (MA)



Qualificação de professores



Roberto Felício (PT) falou sobre o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, lançado hoje, 28/5, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que vai beneficiar, nos próximos cinco anos, mais de 300 mil professores. Considerou lamentável que das 27 unidades da federação somente três não tenham retornado ao MEC questionário sobre as necessidades básicas de educação, para participarem do plano. Para Felício, os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que negaram a participação no Plano de Qualificação, estão sob liderança do PSDB, portanto, essa é uma decisão que considera estritamente política, pois a participação não oferece nenhum ônus ao Estado. (MA)

alesp