Indulto e criminalidade

PLENÁRIO
03/02/2004 17:58

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Várias são as regalias oferecidas aos encarcerados, como, por exemplo, o indulto de Natal. Porém, beneficiados com a medida, cerca de 850 presos não voltaram às celas. Comentando o problema e sua relação com o recrudecimento da violência urbana, o deputado Rafael Silva (PL) traçou extenso panorama das causas e motivações da delinqüência, produzindo variada e intrincada análise da questão, sob os pontos de vista da psicologia, filosofia, psicologia social e sociologia. O problema, para ele, começa cedo, quando se deixa de impor limites ao jovem, "em especial das camadas inferiores". Fazendo um paralelo com a cultura indiana, lembrou que na Índia vigora o sistema de castas, no qual, desde cedo, o indivíduo sabe com clareza o estrato a que vai pertencer pelo resto da vida. No Brasil, ao contrário, a exclusão faz com que o jovem não aceite sua condição social. Produto do meio, ao se associar com um determinado grupo, "acha que é livre para fazer o que quiser", asseverou. Conforme o parlamentar, isto é fácil de se entender. "Jung já disse que todos temos um pouco de gênio, criminoso e de santo", concluiu.

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