Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está reivindicando aos governos do Estado e Federal a intensificação de ações de combate ao câncer de mama na Baixada Santista. A parlamentar tomou a iniciativa após ter ficado alarmada com a divulgação das estatísticas da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que colocam a Baixada Santista com um crescimento do número de mortes de mulheres por câncer de mama superior às médias estadual e nacional.

De acordo com estes dados, de 1979 a 1999 a Baixada registrou um aumento de 39,6% no número de óbitos por câncer de mama entre as mulheres de 50 a 59 anos. No Estado este crescimento foi de 29,5% e no país o aumento foi de 14,5%. "É uma estatística que não pode ser ignorada e que vai ao encontro de outros estudos que colocam a região como campeã nacional de mortalidade em decorrência de algum tipo de câncer", enfatiza a deputada .

Em indicação protocolada na Assembléia Legislativa, a parlamentar propõe diretamente ao governador Geraldo Alckimin a definição de um programa regional para prevenir e combater a doença. Além disso, Maria Lúcia também sugere que o Estado promova uma profunda pesquisa sobre as razões que colocam a Baixada à frente desse triste ranking. "Estudos da Faculdade de Saúde Pública da USP relacionam esta alta incidência à proximidade com o pólo industrial de Cubatão", recorda a deputada Prandi.

Para a parlamentar, seria justo que as empresas arcassem com parte dos recursos necessários para realização dessas pesquisas. "Como fonte geradora da poluição, nada mais justo que as indústrias paguem parte do custo desses estudos, que são essenciais para estabelecer precisamente as causas do elevado número de óbitos por câncer na região. A partir dessa pesquisa é que poderiam ser estabelecidas com maior precisão as ações de combate e prevenção às várias manifestações da doença", enfatiza Maria Lúcia.

A parlamentar também relaciona a elevada incidência do câncer de mama a uma recente avaliação feita pela própria Secretaria Estadual de Saúde que coloca a Baixada como a 9ª pior região do Estado nas questões referentes à saúde da mulher. "São questões que têm interferência umas sobre as outras e que não acontecem isoladamente", enfatiza Prandi, defendendo a implantação na região de um centro de referência no diagnóstico e no tratamento do câncer.

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