Deputado lamenta decisão do MP de manter promotor


23/06/2005 19:41

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O deputado Fausto Figueira (PT), 1º secretário da Assembléia Legislativa, lamentou a decisão tomada pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público de São Paulo, nesta quarta-feira, 22/6, que anulou medida anterior de seu Conselho Superior que exonerava de seus quadros o promotor Thales Ferri Schoedl. O promotor é acusado de matar a tiros um jovem de 20 anos e ferir gravemente outro de 21 anos na saída de uma festa na praia de Riviera de São Lourenço, em Bertioga, na madrugada de 30 de dezembro de 2004.

"Quando a Justiça tarda, ela falha. Nesse caso, está se prolongando a agonia das famílias das vítimas", disse Figueira, que esteve na sede do Ministério Público Estadual (MPE) acompanhando a sessão do Órgão Especial do Colégio de Procuradores. Embora diga que respeita a decisão do Conselho, ele lembra da agonia da família dos dois jovens, "um por ter a vida ceifada e outro por ter a vida absolutamente modificada por um ato de violência irresponsável".

Com a decisão, o caso volta a ser apreciado pelo Conselho Superior. Após essa apreciação, passará por nova votação no Órgão Especial. Em caso de essas duas instâncias decidirem pela exoneração, o promotor irá a júri popular em Bertioga. Caso contrário, será julgado em fórum especial do Tribunal de Justiça. Enquanto isso, o promotor ficará afastado de suas funções, mas recebendo o salário, de cerca de R$ 5,8 mil.

Para que o promotor Thales Ferri Schoedl vá a júri popular, no entanto, as duas instâncias do MPE deverão se manifestar até o dia 12/9, deste ano. Pela lista de antigüidade, ele se tornará vitalício naquela data. Caso isso se concretize, ele terá foro privilegiado e não perderá o cargo sem decisão definitiva transitada em julgado.



ffigueira@al.sp.gov.br

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