Extinção de classes especiais precisa ser revista, diz deputada


13/02/2004 15:25

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) apelou ao secretário da Educação, Gabriel Chalita, para que seja revista a decisão de se extinguir as classes especiais na rede estadual de ensino. Para a deputada, a medida está sendo adotada sem discussão e depois de iniciado o ano letivo. "Temos consciência da importância da inclusão de alunos especiais em classes regulares, mas isso deve ser feito com critério", enfatiza Maria Lúcia.

Segundo a deputada, a orientação da Secretaria é para que os alunos especiais sejam transferidos para classes regulares de acordo com sua faixa etária, sem que se verifique sua possibilidade de acompanhar esse estágio de ensino. Para quem tem 18 anos ou mais, a única alternativa é o supletivo.

É o que tem acontecido com alguns alunos da Escola Marechal-do-Ar Eduardo Gomes, no Guarujá. Das cinco classes especiais que funcionavam na Eduardo Gomes, apenas duas foram mantidas, para alunos não alfabetizados e na idade correspondente. Outras duas foram transformadas em salas de recurso, para alunos especiais por tempo mais curto (duas horas). Também na EE Brás Cubas, em Santos, o processo está gerando descontentamento.

Ainda de acordo com a deputada, os professores das classes regulares não estão sendo preparados para o novo desafio nem têm possibilidade de fazer um planejamento em separado para atender a nova demanda. "Tampouco os colegas de sala de aula estão sendo orientados para lidar com a nova situação e receber o colega de modo natural", avalia Maria Lúcia.

mlprandi@al.sp.gov.br

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