DA REDAÇÃO

O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, órgão da Assembléia Legislativa, de caráter permanente, criado em setembro de 2003, realiza reunião em Presidente Prudente, na sexta-feira, 10/10, das 9 às 13 horas, no Campus da Universidade Estadual Paulista Unesp) - Auditório - Discente V, na Rua Roberto Simonsen, n.º 305 - Parque do Povo.

O Fórum pretende reunir propostas de longo prazo para o crescimento econômico paulista, em cenário que prevê a superação dos problemas macroeconômicos atuais, e realizará audiências regionais para discutir as fragilidades de cada região administrativa e coletar informações específicas nas diversas áreas do Estado, que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Uma de suas primeiras atividades inclui a discussão do Plano Plurianual 2004/2007 e a do novo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Encomendado à Fundação Seade pela Assembléia Legislativa, o IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos referentes a cada município do Estado, que deverá servir como indicativo para a implementação de políticas públicas. O Fórum resulta de uma parceria da Assembléia Legislativa com a Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam e o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Unicamp.

Região de Presidente Prudente

Localizada no extremo oeste do Estado, com 23.953 km², a região é composta por 53 municípios, dos quais os mais densamente habitados são Dracena, Osvaldo Cruz e Adamantina, além da sede administrativa.

Entre 1991 e 2000, a população local, que totaliza 787,6 mil habitantes, cresceu 0,8% ao ano, em média. Os municípios com maior expansão foram Paulicéia e Sandovalina (2,8% a.a. cada um), Caiuá (2,6%), Álvares Machado (2,2%) e Narandiba (1,9%). Esses dados apontam a região como a que teve o menor crescimento populacional no Estado.

A economia local é centrada na agropecuária. A região é a maior exportadora de carne bovina do país e Presidente Prudente é seu principal exportador e também o mais importante centro urbano da região. A produção leiteira é a terceira do Estado e uma das maiores do país. Outro pólo produtor na região é a fruticultura, com destaque para a acerola cultivada em Dracena e entorno (65% da produção estadual). A cultura oleaginosa (algodão, amendoim e mamona) manteve sua importância local.

Em Presidente Prudentes estão instaladas quatro unidades de ensino superior, Unesp, Universidade do Oeste Paulista, Instituição de Ensino Superior Presidente Prudente e Instituição Toledo de Ensino. Tupã, Dracena possuem faculdades.

Segundo o Índice Paulista de Responsabilidade Social 1997-2000, a região apresenta o penúltimo indicador de riqueza entre as regiões administrativas do Estado ? ficando à frente apenas de Registro. No levantamento da Seade, persiste uma certa heterogeneidade intra-regional, conforme atesta a própria distribuição desses municípios nos cinco grupos do IPRS. No grupo 1, que reúne os municípios com bons indicadores nas três dimensões pesquisadas (riqueza, longevidade e escolaridade), foi classificado o município de Presidente Prudente, no grupo 3, estão 31 municípios; nos grupos 4 e 5, foram classificados 19 e 2 municípios respectivamente.

As cidades que melhoraram seu índice somam 31, as que mantiveram o IPRS são 8 e as demais tiveram redução. Não houve aumento no consumo residencial anual de energia elétrica na região. A renda média mensal caiu e o valor per capita também. Todos esses indicadores de riqueza encontram-se abaixo da média do Estado.

A taxa de mortalidade infantil diminuiu e ficou abaixo da média estadual, assim como a média da mortalidade de adultos. A mortalidade de idosos também regrediu, ficando inferior a do Estado. Isso mostra que o indicador longevidade obteve alteração positiva para a região.

A evolução do indicador de escolaridade foi superior a do Estado, o que permite a região ser a terceira mais bem posicionada do Estado. Entretanto, algumas cidades não atingiram essa média, como Teodoro Sampaio, Tarabaí, Narandiba e Pracinha.

Uma avaliação global da região de Presidente Prudente, por meio do IPRS, mostra que o desempenho econômico da região ficou estabilizado, porém num patamar inferior ao do Estado. As taxas de mortalidade decresceram e ficaram abaixo da média estadual e a escolaridade teve evolução positiva na região, onde alguns municípios ampliaram até 20 pontos a cobertura do ensino fundamental.

Mais informações no site www.al.sp.gov.br, ícones IPRS e Fórum de Desenvolvimento