A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está acompanhando com preocupação a situação dos trabalhadores da Sabesp. Além de questionar as justificativas apresentadas pela direção da estatal para demitir 2.250 funcionários, a parlamentar também teme pela perda da qualidade nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto. A deputada Prandi formalizou este posicionamento em ofícios enviados aos secretários estaduais da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, e de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena. Nos documentos, Maria Lúcia pede que o Estado estabeleça um canal de negociações com a categoria por meio dos sindicatos. "O respeito aos direitos dos trabalhadores e às organizações sindicais é um princípio básico da democracia", enfatiza a parlamentar. Segundo apurou a deputada, as justificativas apresentadas pela Sabesp para promover esta demissão em massa não se sustentam na prática. "Estão usando de subterfúgios para promover um enxugamento nos quadros, justamente quando a rede de serviços é ampliada e há necessidade de mais trabalhadores". Um dos argumentos da empresa para colocar em curso o processo de demissão é a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, que obrigaria o desligamento imediato de aposentados do quadro de funcionários. "Na verdade, o TAC não fala que isto deva ser feito da forma abrupta como a Sabesp realiza", destaca Prandi. mlprandi@al.sp.gov.br