Da assessoria da deputada Maria Lúcia PrandiDe acordo com informações recebidas pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT), a cadeia pública anexa à delegacia-sede de Guarujá, com capacidade para abrigar cem presos, tem sob sua guarda 400 pessoas. A deputada cobra ações efetivas do governo estadual para por fim à esta situação."Não é possível que isto continue. Há uma contagem regressiva para que o problema se agrave ainda mais com a chegada da temporada, quando o número de detentos normalmente cresce. Dessa forma, pode haver um comprometimento da segurança da comunidade", enfatizou a deputada Prandi, em ofício encaminhado ao secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho.A parlamentar também protocolou requerimento de informações na Assembléia Legislativa, cobrando explicações diretamente do governador Geraldo Alckmin. Conforme notícias divulgadas pela imprensa, o chefe do Poder Executivo articula a transferência de presos do litoral norte para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande, enquanto as cadeias de municípios da Baixada Santista enfrentam sérios problemas. "São os casos de Guarujá e Peruíbe, por exemplo", cita a deputada Prandi.Nos documentos encaminhados ao governo estadual, a parlamentar também ressalta as péssimas condições da cadeia de Guarujá. "O ambulatório médico, por exemplo, não funciona. Ao defender melhores condições para estes presidiários, defendo toda a sociedade; porque todos estes problemas podem gerar revolta e até fugas", enfatiza a parlamentar, lembrando que a desativação da cadeia do 1º Distrito Policial de Vicente de Carvalho também contribui para a superlotação."Este xadrez não poderia pelo menos abrigar os presos de menor potencial ofensivo, como os encarcerados por não pagamento de pensão alimentícia?", questiona a deputada. A parlamentar aproveitou a oportunidade também para fazer um alerta: "O muro de uma casa vizinha à delegacia está com escoras para não cair, porque o solo em torno está solapado. Já houve alguma vistoria técnica para verificar se a muralha da cadeia também corre risco?", indagou Prandi.mlprandi@al.sp.gov.br