O sudoeste avança

OPINIÃO - Luiz Gonzaga Vieira*
02/10/2003 18:02

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Trata-se do incontestável. Conhecer para transformar. A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Seade, divulgou há de alguns dias um verdadeiro diagnóstico da realidade paulista. Região por região, cidade por cidade, foram levantados dados sobre a atual e real condição do principal estado da federação. São Paulo sai na frente. Temos um índice que mede responsabilidade social e, mais que isso, serve de diretrizes para ações concretas de políticas públicas.

Com o Fórum São Paulo Século XXI, ano 2001 - surge a primeira centelha ideológica para a criação do IPRS. Na ocasião, presidido pelo deputado Vanderley Macris, o Legislativo paulista aprova e o governador Mário Covas sanciona a Lei 10.765, de 19 de fevereiro do mesmo ano, que capacita a avaliação das políticas governamentais implementadas. Mais tarde, o IPRS viria a ser considerado como uma das mais perfeitas ferramentas de medição de qualidade de vida em todo mundo, segundo os parâmetros da ONU. Contabilizando estatísticas que medem mais do que riqueza, o índice possibilita uma avaliação ampla e qualificada das condições da população de São Paulo, com variáveis como longevidade e escolaridade.

No âmbito estadual, a curva ascendente demonstra melhoras significativas, no período entre 1992 e 2000. O índice de riqueza cresceu sete pontos. A longevidade melhorou em oito e a escolaridade, resultado mais positivo, aponta 34 pontos de crescimento.

No que se refere a atual situação da Região Administrativa de Sorocaba, na qual estamos situados geograficamente, também identificamos melhora. No que se refere à riqueza, ficamos estabilizados muito próximos ao marco 50, em uma escala que vai de zero a 80. Em longevidade, crescemos algo em torno de cinco pontos. E, a exemplo da avaliação estadual, nosso maior crescimento foi em escolaridade: melhora aproximada de 20 pontos na escala.

Apesar de ainda estarmos situados atrás de algumas outras regiões administrativas de comprovado poderio econômico, como as de Campinas, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, os dados demonstram destacada melhora e que a região começa a se destacar por ações em favor da melhoria das condições de vida de sua população. Estradas melhoradas com duplicações e pavimentações, a implantação de uma importante hidrovia que nos aproxima do sul do país e do mercado consumidor da América do Sul, novos e modernos aeroportos e por fim, investimento humano e em novas tecnologias, agrárias e industriais, nos permitem sonhar com um novo futuro - não muito distante.

Os quase 2,5 milhões de habitantes vêm melhorando suas condições de vida. Hoje, 90,1% têm acesso rede de esgoto, 97,6% possuem rede de água, 98,5% coleta de lixo e 99,7% dos domicílios têm iluminação elétrica. Todos esses dados superam as marcas da média estadual - Se São Paulo vai bem, a região vai muito melhor.

É certo que nem tudo são flores, há o que melhorar. E essa é justamente a proposta desse índice: ajudar na formatação de políticas públicas, ajustar ações, identificar necessidades e, por fim e não finalmente, contribuir com a melhoria nas condições de vida de cada paulista, incluindo o morador do sudoeste paulista.

* Luiz Gonzaga Vieira (PSDB) é deputado estadual e cumpre seu segundo mandato junto a Assembléia Legislativa de São Paulo onde é presidente da Comissão de Finanças e Orçamento

alesp