Notas de Plenário


20/10/2005 20:23

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Maior segurança

Milton Flávio (PSDB) cumprimentou o governador, o secretário das Finanças e o comandante da Polícia Militar pela entrega de 580 novas motos, que auxiliarão o policiamento na capital. "Elas permitem mais rapidez no trânsito caótico da cidade", justificou. Esse tipo de segurança também será expandido para cidades como Campinas, Sorocaba e o ABC, devido ao seu porte. O deputado também destacou uma conversa que teve com o governador, em que este garantiu mais recursos para o Iamspe no orçamento, com ou sem emendas de deputados.

(L.N.)

Justiça

Antonio Salim Curiati (PP) comemorou a concessão, pelo Supremo Tribunal federal (STF), de habeas-corpus a favor do ex-governador Paulo Maluf e de seu filho Flávio Maluf. Curiati afirmou ter a certeza de que a justiça seria feita e que ambos teriam a liberdade. O deputado apoiou o discurso de Milton Flávio (PSDB), argumentando que é preciso levar segurança à população e oferecer a ela mais tranqüilidade. Por isso, posicionando-se em favor do "Não", disse ele, "o referendo é o absurdo dos absurdos. Nunca vi coisa parecida. Um país pobre como o nosso gastar entre R$400 e $600 milhões para saber se a população quer ter armas ou não. A população não tem moradia, remédios em postos de saúde. A polícia é que tem de ter melhores condições de trabalho para dar segurança à população".

(L.N.)

Transporte integrado

Mário Reali (PT) explicou sua ausência no plenário devido à dinâmica intensa que a Casa tem tido com suas comissões, muitas das quais ele faz parte. Reali apoiou o discurso de Milton Flávio, falando que é importante que haja mais recursos para o Iamspe, e que esse pleito tem aparecido em diversas audiências públicas. O deputado também destacou um edital publicado no dia 09/10 pela EMTU, que trata da concessão do transporte intermunicipal no Estado. Segundo ele, é preciso regularizar o contrato das concessionárias e estabelecer o sistema de linhas, porque senão irá prevalecer o interesse comercial. "Quem sofre é o usuário com o aumento da tarifa. Hoje, 30% da população anda a pé, pois não tem condições de pagar, o que aumenta a exclusão ao acesso do transporte público".

(L.N.)

Seqüestro de bandido?

"O acusado de ter ficado com os R$25 milhões roubados do Banco Central foi seqüestrado nesta semana em São Paulo", disse o deputado Conte Lopes (PTB). De acordo com ele, a polícia entrou em contato com a família, que pagou R$ 2 milhões em resgate, mas até hoje o refém não apareceu. Ao ser seqüestrado, o refém dirigia uma carro blindado. "Ele cuidava da própria segurança. Não andava com carro comum. O povo brasileiro não está entrando nessa do sim por essas razões. Bandido também consegue ser seqüestrado", argumentou o parlamentar, sobre a segurança do país e a decisão pelo voto não no referendo.

(L.N.)

20 de novembro

Ao comentar o resultado positivo no julgamento dos policiais envolvidos na morte do dentista Flávio Sant"Ana, Sebastião Arcanjo (PT) considerou que isto muito se deveu à luta árdua de todos os movimentos sociais organizados em favor da família do jovem negro. À postura da família, que consegui evitar que Flávio fosse enterrado como indigente e transformou sua casa em um centro de apoio a vítimas de violência policial de toda a parte. Arcanjo lembrou também a coragem da testemunha, que, mesmo diante das várias pressões, depôs em favor da justiça. O deputado concluiu afirmando: "Vivemos em uma sociedade racista. Precisamos combater qualquer forma de discriminação. 20 de novembro é o dia da consciência negra."

Questões democráticas

"O referendo não foi suficientemente esclarecido para a população", disse Beth Sahão (PT), ao comentar as inserções nos veículos de comunicação. A parlamentar as considera pouco explicativas, tanto as dos que são contra, como as dos que são a favor. Sahão argumentou que 58% dos homicídios no país são ocasionados por motivos banais, e que a arma é sinônimo de morte. Ela concluiu que o referendo é uma tentativa de aprofundamento das questões democráticas.

Sim ao referendo

"O Estatuto do Desarmamento determinou que a comercialização de armas fosse decidida pela população. Votar no referendo é uma forma inédita em nossa democracia", disse Ítalo Cardoso (PT). Sobre a campanha publicitária, o deputado considera que ela se resumiu nos blocos do "sim" e do "não" e conseguiu resolver suas próprias desavenças. Apontou os dados tendenciosos da Revista Veja e concluiu que seu partido, na sua totalidade, dirá "sim" no dia 23 de outubro.

Desprezo

O deputado Cândido Vaccarezza (PT) fez uma avaliação do governo Serra e afirmou que a cidade está sendo administrada com desprezo. Ele avalia que a falta de políticas sociais e o conservadorismo político são características da nova administração municipal. Disse que Serra fez com que a cidade, nos nove meses de seu governo, retrocedesse nas áreas de educação, saúde, segurança pública, habitação. "Os moradores das favelas cobram do prefeito urbanização, contratos definitivos das moradias, o fim dos despejos, a regulamentação dos loteamentos". Falou ainda do descaso como estão sendo tratados os adolescentes e as crianças de rua, da falta de leitos em hospitais, da falta de equipamentos e afirmou que o prefeito não diz o que vai fazer com os cerca de R$ 50 milhões destinados ao governo federal.

(E.L.)

"Embebedado"

"Quando vossa excelência fala de improviso, fala mais à vontade", disse Milton Flávio (PSDB) referindo-se ao discurso do deputado Cândido Vaccarezza. O tucano disse que o cidadão deve estar se perguntando se é justo cobrar o cumprimento de planos de governo de um prefeito, eleito para governar por quatro anos, ao fim de nove meses. Milton Flávio diz que o crescimento do PIB do último ano foi o pior da América do Sul, e que se Serra fosse o presidente da República, seguramente, os resulatos seriam melhores. O deputado falou da exportação no país, sustentada pelo agronegócio. "O carro-chefe das nossas exportações começa a sofrer com a incúria petista, o que provocará desemprego sem precedentes", disse o deputado. "O presidente deve estar embebedado pelo prazer das viagens, mas deveria analisar com mais clareza o seu papel e a sua responsabilidade".

(E.L.)

alesp