O Legislativo paulista e a Revolução de 1930

Um retrato do país nas décadas de 20 e 30
13/08/2002 17:00

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DA REDAÇÃO

Ao darmos continuidade à série de textos sobre a história do Legislativo paulista, passamos a enfocar o período pós 1930. Para tanto, traçaremos nesta edição um pequeno retrato do país naquela época.

Nas primeiras décadas do século XX a política brasileira foi comandada pelos grandes proprietários de terra. Na década de 1920, a industrialização e o crescimento das cidades promoveram a ascensão de novos grupos sociais. O operariado se organiza e, em 1922, foi fundado o Partido Comunista do Brasil.

Setores da classe média, proprietários de terra sem representação no governo, além de jovens oficiais do Exército, não aceitavam mais um governo a serviço dos fazendeiros do café. Diversas revoltas militares explodem ao longo dos anos 20.

A depressão

Com a grande depressão, em 1929, os preços do café despencam. A saca, que custava duzentos mil réis em agosto de 1929, passa a 21 mil réis em janeiro do ano seguinte. A crise atinge toda a economia brasileira. Mais de 500 fábricas fecham as portas em São Paulo e Rio de Janeiro. O país tem quase dois milhões de desempregados no final de 1929. A miséria e a fome atingem grande parte da população.

Eleições presidenciais de 1930

Em janeiro de 1930, o presidente da República, Washington Luís, de São Paulo, lança o também paulista Júlio Prestes para a sua sucessão. Mas, um paulista sucedendo outro na Presidência iria romper a tradicional alternância de poder entre São Paulo e Minas Gerais. Os políticos mineiros engrossam as fileiras da oposição.

A Aliança Liberal, uma frente de oposição, apresenta o gaúcho Getúlio Vargas a candidato à Presidência, tendo o paraibano João Pessoa como vice. As eleições dão a vitória ao candidato do governo. Getúlio Vargas, o candidato da oposição ao governo do país, é derrotado nas urnas.

Golpe

Em julho, João Pessoa é assassinado no Recife, por questões pessoais. A Aliança Liberal se une aos militares e inicia uma revolução. A revolta explode no Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais. Alguns meses mais tarde, Vargas lidera um golpe que o conduz à Presidência da República.

Logo a revolução se alastra pelo país. O presidente Washington Luís é deposto e Júlio Prestes, o candidato eleito, se refugia na Embaixada Inglesa. Em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas assume a chefia do governo provisório. Naquela tarde, os soldados gaúchos dirigiram-se para a avenida Rio Branco e amarraram seus cavalos no obelisco que ali existia. Era o fim da República Velha.

* Fonte: site monografias.com

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