Justiça para os servidores



Olimpio Gomes (PDT) agradeceu a presença dos representantes das entidades dos servidores do Judiciário e reiterou a justiça de suas reivindicações. O parlamentar apresentou uma planilha da Secretaria da Fazenda que mostra o corte realizado no Poder Judiciário de mais de R$ 2,5 bilhões em seu orçamento. "As mentiras são derrubadas pelos números e é necessário que se instale a CPI do Judiciário para que se possa entender essa planilha", afirmou Gomes. (DB)



Em defesa dos servidores



Carlos Giannazi (PSOL) rebateu a entrevista à Folha de S. Paulo concedida pelo secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Marrey, afirmando que o secretário tentou "desqualificar" e "criminalizar" o movimento dos servidores, dizendo que eles querem mártires para chamar a atenção da opinião pública. "Os servidores já são os mártires, que trabalham com salários defasados e sofrem abuso de autoridade", afirmou Giannazi pedindo a instalação da CPI do Judiciário e a fiscalização do Conselho Nacional de Justiça. "É muito importante que a Assembleia possa contribuir com esse processo em defesa dos servidores", concluiu. (DB)



Problema do Estado



Referindo-se aos 45 dias de greve dos servidores do Judiciário, Simão Pedro (PT) fez uma comparação com a greve dos professores ocorrida há poucos meses. "Precisamos ter funcionários públicos bem remunerados, não como acontece na educação, onde mais de 100 mil professores são contratados temporariamente, não sabendo em qual entidade vão lecionar, não criando vínculo com alunos nem com outros professores, deixando de evoluir e melhorar a qualidade da educação". O deputado concluiu dizendo que "o governo responsabiliza os professores pelo problema que é do próprio Estado". (DB)



Último recurso



José Zico Prado (PT) lembrou dos seus 20 anos como metalúrgico e parabenizou os servidores do Judiciário pelo movimento. "Nenhum funcionário gosta de fazer greve, e só faz quando não há mais recursos de negociação", afirmou. O parlamentar informou que com o governo Lula o cenário é diferente, pois o governo federal busca negociar com todas as categorias do funcionalismo. "Os servidores do Judiciário têm direito a salários dignos", concluiu Prado, lembrando da luta pela conquista do 13º salário, quando também houve mobilização dos trabalhadores brasileiros para conseguir o que queriam. (DB)



Falta política séria



Luiz Carlos Gondim (PPS) declarou-se favorável à greve dos trabalhadores do Judiciário e contrário ao desconto em seus salários por conta das paralisações. O deputado pediu a solução dos problemas na Justiça para o bem de toda a população do Estado. Gondim também lamentou a falta de uma política de formação médica dirigida para a geriatria que, segundo o parlamentar, se faz necessária tendo em vista o constante aumento da população acima dos 60 anos. Para o deputado, as universidades especializadas em medicina também não estão preparadas com cursos de formação em geriatria. (NS)