Nefrologistas falam sobre a importância de prevenção em programa de TV


23/11/2010 16:10

Compartilhar:


A TV Assembleia abriu suas portas na última semana para a Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo (Sonesp). O objetivo foi alertar a população sobre a importância da prevenção das doenças renais crônicas e divulgar a realização do VI Encontro Nacional da Prevenção da Doença Renal Crônica.

O evento será realizado entre os dias 25 e 26/11, no Auditório Nobre do Clube Homs, em São Paulo. A ação conta com o apoio do deputado Estevam Galvão (DEM).

Na TV, a presidente da Sonesp, Altair de Oliveira Lima, falou ao Programa Saúde e Vida sobre a doença renal crônica no Brasil, formas de prevenção e o alcance do problema no público infantil. Participaram também do programa a professora Maria Helena Vaisbich (nefropediatra do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP/SP) e a professora Gianna Mastroianni Kirstajn, coordenadora do Comitê de Prevenção de Doença Renal Crônica da Sociedade Brasileira de Nefrologia e professora de nefrologia da Escola

Paulista de Medicina.

Atualmente, no Brasil, a população de risco da doença renal crônica chega a 58 milhões de habitantes. Já aqueles que possuem algum problema renal crônico ultrapassam os 13 milhões. Destes, mais de 95 mil estão em tratamento de diálise no país. "Anualmente realizamos eventos, palestras e ações de conscientização para que a população se previna. Trata-se de uma doença silenciosa, mas que se não tratada a tempo, pode levar à morte", alerta Altair.

No Estado de São Paulo, os números também são alarmantes. Segundo a Sonesp, a população de risco chega a 13,5 milhões de pessoas. Destes, mais de três milhões possuem a doença renal crônica e mais de 22 mil já estão em tratamento de diálise.

"É preciso estar muito atento a este problema também no público infantil. A doença renal crônica já atinge as crianças, graças, entre outros fatores, à má alimentação e ausência de hábitos saudáveis", afirma a nefropediatra Maria Helena.

Gianna explicou que a doença renal é a alteração renal por três meses ou mais, com função renal aumentada ou diminuída. "A insuficiência renal existe quando a função renal fica comprometida. Isso ocorre nas fases

mais avançadas da doença. Se a pessoa perde mais de 85% da função renal, ela terá que ser submetida à terapia renal substitutiva. Para evitar esta doença, basta fazer todos os anos o exame de urina 1 e de creatinina", aponta.



egalvão@al.sp.gov.br

alesp