Duras críticas voltaram a ser disparadas pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT) ao governo tucano de José Serra, pela resistência em abrir negociação com os professores da rede estadual de ensino, em greve desde 8 de março.

Em seu discurso do dia 30/3, no Plenário da Assembleia, a parlamentar lamentou "a truculência", condenou a "infiltração de policiais no movimento dos educadores", criticou a "repressão violenta" e reprovou a "tentativa de desgastar a imagem daqueles que lideram o movimento".

No dia 31/3, Prandi, que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, participou da assembleia que os educadores realizaram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, na capital de São Paulo. "Fico pasma quando colocam esse movimento como eleitoral. É um movimento legítimo. Os professores não têm aumento anual, os aposentados também não. Nem é aumento que eles pedem, mas reajuste, reposição das perdas que vêm ocorrendo há mais de 10 anos", afirma.

A parlamentar voltou a falar sobre o confronto da última sexta-feira, 26/3, quando a Tropa de Choque investiu contra professores. "Estamos voltando à época da ditadura, em que as manifestações eram proibidas. O aparato policial era o mesmo. Constatamos que helicóptero arremessava bombas, parece-me que eram spray de pimenta. Também me lembra a ditadura a ação de infiltrar policiais à paisana para confundir o movimento" falou a parlamentar.



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