Da Tribuna


17/08/2010 19:04

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É preciso mais



Para Maria Lúcia Prandi (PT), o país só poderá atingir um bom nível de desenvolvimento econômico e social a partir da educação, da produção de ciência e tecnologia e da aplicação desse conhecimento na melhoria da vida das pessoas. Segundo a deputada, houve um aumento nos recursos da educação de 3% para 5% do PIB, mas é necessário um investimento ainda maior. A Conferência Nacional de Educação, realizada no início de 2010, propõe atingir a meta de 7% nos próximos anos. "Podemos citar a Coreia e o Japão, que investiram fortemente em educação para alcançar desenvolvimento", concluiu. (DB)



Política educacional



Alegando que o sistema educacional no Estado de São Paulo continua à deriva, sem um processo pedagógico, Carlos Giannazi (PSOL) informou que a rede estadual de ensino já chega a 5 mil escolas e carece de uma política educacional que priorize a qualidade de ensino. Segundo Giannazi, "falta investimento na valorização dos profissionais na área da educação". O deputado concluiu pedindo que o secretário da Educação, Paulo Renato, leve à sociedade as discussões do Plano Estadual de Educação. (DB)



Qualidade de vida



De acordo com Carlos Neder (PT), a saúde é a principal preocupação da população e o principal fator de avaliação negativa de diferentes governos. "Na medida em que os municípios gastam 30% dos seus recursos em saúde, são afetadas outras políticas públicas, igualmente importantes para a qualidade de vida e o desenvolvimento. O deputado defende a desoneração dos municípios e uma ação solidária por parte dos governos estaduais e federal no financiamento do SUS. (DB)



Desigualdade salarial



Pedro Tobias (PSDB) considerou baixos os salários pagos a várias categorias, entre elas a dos delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo, que varia entre R$5 mil e R$ 12 mil. "Sou médico aposentado, com mestrado e doutorado, e ganho R$ 2.200. É necessário que se aumente o ordenado de todos, não apenas o dos servidores da Segurança Pública", informou Tobias, ponderando que todo cargo universitário deveria ter piso salarial aumentado. "Um país civilizado deveria ter os salários baseados em metas". (DB)



Moradia popular



A anunciada pretensão de transformar a CDHU em um banco, nos moldes do BNDES, foi criticada por Simão Pedro (PT), para quem a empresa deve continuar a ser pública e voltada à construção de moradias para a população de baixa renda, trabalhando para diminuir o déficit habitacional de um milhão de habitações do Estado. Simão Pedro ainda citou casos de conjuntos da CDHU que estão abandonados, com problemas de infraestrutura e até sem regularização dos terrenos onde foram construídos, prejudicando os moradores. "A CHDU deveria trabalhar por uma política habitacional decente", finalizou o deputado. (MF)



TV Cultura



"Desde que foi mudada a gestão da TV Cultura, preocupo-me com seu futuro", disse Rui Falcão (PT), que apontou o aparelhamento político do noticiário e a queda da qualidade da programação, depreciando a qualidade da emissora. Ele destacou a alta qualidade dos funcionários da emissora e expressou solidariedade com aqueles que serão demitidos. Falcão comentou também o início do horário eleitoral gratuito, manifestando a esperança de que "nestes 45 dias, os candidatos apresentem à população propostas concretas, e não baixarias", pois a população deve repelir esse tipo de informação. (MF)



Sem Manos e Minas



Carlos Giannazi (PSOL) lamentou o processo de reestruturação da TV Cultura, que envolve corte de funcionários e interrupção de programas, como o semanal Manos e Minas, voltado para o público jovem e, segundo o deputado, um raro caso de divulgação de ações culturais da periferia, com uma proposta inclusiva. O último programa foi ao ar no sábado passado. Giannazi lembra que a TV Cultura é uma tevê pública, logo, patrimônio do povo paulista. Ele também afirmou que estará presente a ato público dos servidores grevistas do Poder Judiciário, na praça João Mendes, e criticou a qualidade das quadras esportivas construídas nas escolas estaduais. (OT)



Greve e orçamento



A greve dos servidores do Poder Judiciário, que já dura mais de cem dias, levou a uma reflexão de Antonio Mentor (PT) sobre a relação entre os Poderes no Estado, notadamente do Judiciário com o Executivo. Para Mentor, os cortes no orçamento do Judiciário promovidos pelo governo estadual, em descumprimento à Lei Orçamentária aprovada pela Assembleia Legislativa, levaram a uma insuficiência de recursos para a folha de pagamento e causaram, na cadeia dos acontecimentos, o impasse da greve. Por outro lado, o deputado criticou os dirigentes do Judiciário pela intransigência ao não manter canal de negociação aberto com os grevistas. (OT)



Desenvolvimento do sudoeste paulista



Edson Giriboni (PV) avaliou os benefícios para os municípios do Vale do Ribeira, no sudoeste paulista, obtidos por meio de ações da Assembleia Legislativa, seja com verbas obtidas pelas cidades da região para recuperação de estradas vicinais quanto com a expansão da educação técnica. Giriboni defendeu ainda que o governo de São Paulo invista no transporte metroviário e ferroviário, modais que têm grande alcance social e são melhores para o meio ambiente. (OT)



CPI não sai



Como vem recebendo e-mails com críticas por não haver assinado o pedido de instalação da CPI do Judiciário, Luciano Batista (PSB) afirmou que não vai criar uma falsa expectativa na população, já que a comissão de inquérito não tem chance de ser instalada. "Há uma fila com 19 pedidos de CPI que estão na frente", disse, e citou algumas a título de exemplo. Para Batista, no final desta legislatura, os pedidos que não lograram êxito serão arquivados, e novos assuntos serão objeto de requerimento para a criação de CPIs. (OT)

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