Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado faz reunião em Bauru, no sábado, 18/10

Na pauta, o Plano Plurianual e o desempenho da Região Administrativa de Bauru, a partir dos resultados do IPRS
14/10/2003 20:56

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DA REDAÇÃO

O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, órgão da Assembléia Legislativa, de caráter permanente, criado em setembro de 2003, realiza reunião em Bauru, no sábado, 18/10, das 9 às 13 horas, na Sala do Júri da Instituição Toledo de Ensino (ITE), na Praça 9 de Julho, 1-51 - Vila Falcão.

O Fórum pretende reunir propostas de longo prazo para o crescimento econômico paulista, em cenário que prevê a superação dos problemas macroeconômicos atuais, e realizará audiências regionais para discutir as fragilidades de cada região administrativa e coletar informações específicas nas diversas áreas do Estado, que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Uma de suas primeiras atividades inclui a discussão do Plano Plurianual 2004/2007 e a do novo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Encomendado à Fundação Seade pela Assembléia Legislativa, o IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos referentes a cada município do Estado, que deverá servir como indicativo para a implementação de políticas públicas. O Fórum resulta de uma parceria da Assembléia Legislativa com a Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam e o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Unicamp.



Região Administrativa de Bauru: IPRS indica potencial para um desenvolvimento mais harmônico e por igual

Com 39 municípios e ocupando uma área de 16.105 km2, a Região Administrativa de Bauru (RAB) envolve o maior entroncamento rodo-hidro-ferroviário do interior da América Latina, permitindo fácil acesso aos principais portos do Mercosul. O Porto Intermodal do Rio Tietê, em Pederneiras, na hidrovia Tietê-Paraná, é utilizado como escoadouro da produção industrial e agrícola (farelo, grãos, fertilizantes e calcário, principalmente) da região e de outros municípios do Estado de São Paulo.

Foi no início do século XX - primeiro vinculada à cafeicultura, depois à construção da estrada de ferro - que a RAB deu seus primeiros passos rumo ao desenvolvimento. Atualmente, a economia local é marcada pela diversidade. Localizado a 345 km da capital do Estado, o município de Bauru possui cerca de 315 mil habitantes e é a sede da região. Ali se concentra mais de 30% da produção industrial regional, localizada em três distritos industriais. Bauru também é um pólo centralizador de atividades comerciais e de serviços, atraindo estudantes de vários pontos do Estado pela presença de duas universidades estaduais, a USP e a Unesp. A cidade abriga outras quatro instituições de ensino superior e vários cursos profissionalizantes. Ao lado de Jaú, tornou-se centro de especialidade na área da saúde, com instituições que são referências na pesquisa médica.

Entre 1991 e 2000, a taxa média de crescimento populacional da região foi de 1,7% ao ano, destacando-se Guaiçara (4,2%), Borebi (3,7%), Bocaina (3,0%), Lençóis Paulista (2,3%), Bauru (2,2%) e Mineiros do Tietê (2,1%). Em contraste, Avaí, Lucianópolis, Presidente Alves, Reginópolis e Ubirajara perderam população no período. Atualmente, o território administrativo apresenta uma densidade populacional de 59,3 habitantes por quilômetro quadrado. Depois de Bauru (quase 470 habitantes/km2), o município mais densamente povoado é Igaraçu do Tietê, que ultrapassa 250 hab/km2. Entre as 15 regiões administrativas do Estado, a bauruense foi a 9ª colocada em crescimento populacional, apesar de quase a metade de seus municípios apresentarem densidade inferior a 20 moradores/km2, e outros estarem situados entre 20 e 75 hab/km2.

Calçados, bebidas, cerâmica, madeira, processamento de carnes, produção de álcool etc. - a indústria é a maior empregadora em cidades como Duartina, Jaú, Lençóis Paulista, Lins, Bariri e Barra Bonita. Em outros locais, como Agudos, Bauru, Igaraçu do Tietê e Pederneiras, quem pontifica é o setor de prestação de serviços. Em Cafelândia e Dois Córregos, o maior número de empregos é proporcionado pela agricultura. Na região, as áreas agrícolas estão majoritaritariamente ocupadas pelo cultivo da cana-de-açúcar e do café. A cana, a pecuária de corte e a avicultura são responsáveis por cerca de 70% do valor da produção agropecuária regional.

Segundo o IPRS 1997-2000, os municípios da RAB têm potencial para um desenvolvimento mais harmônico e por igual. A partir dos indicadores riqueza, longevidade e escolaridade, o levantamento promovido pela Fundação Seade para a Assembléia Legislativa posiciona apenas quatro municípios no grupo 1, que reúne boas performances nas três variáveis. No 3 - baixa riqueza, mas níveis sociais satisfatório -, constam 10 municípios. Os 25 restantes distribuem-se pelos agrupamentos 4 e 5, que abrangem municípios em piores situações socioeconômicas. O indicador agregado de riqueza aponta que, assim como o conjunto do Estado, a Região Administrativa de Bauru cresceu entre 1992 e 1997, estabilizando-se no período recente, embora 17 de suas localidades acusem melhoras. Mas várias prosseguem com nível de riqueza bastante baixo. Os indicadores de longevidade demonstram avanços significativos e, em escolaridade, o panorama regional iguala-se ao desempenho do Estado. Itaju, Arealva, Bauru, Lins, Barra Bonita e Pongaí são os municípios mais bem situados nesta escala.

Mais informações obre o Fórum e sobre o IPRS no site www.al.sp.gov.br - ícones IPRS e Fórum de Desenvolvimento

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