Seminário discute transporte rodoviário de cargas


19/11/2008 18:25

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Em seu discurso na abertura do II Seminário Paulista de Transporte Rodoviário de Cargas, nesta quarta feira, 19/11, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima, enalteceu a gestão de Mario Covas por "romper a crença de que o Estado deve prover tudo. Esse ato deu início à cultura de que outras forças da sociedade também devem atuar, conjuntamente com o Estado, na elaboração de políticas públicas e na busca de soluções para os problemas da sociedade".

O presidente lembrou ainda que a Assembléia é uma caixa de ressonância da sociedade e é regida pelo princípio de que tem de acertar mais que errar. "Entre os 94 deputados, há os que se especializam em transportes, como o deputado Aldo Demarchi (DEM), presidente da Comissão de Transportes e Comunicações e que tem a competência necessária para acolher as inquietações que resultarão do debate, encaminhando-as para solução."

Demarchi, em seu discurso, falou da situação pré-colapso do sistema paulista de transportes que pode comprometer o desenvolvimento do Estado. Disse também estar empenhado em encontrar um caminho que evite um grande apagão logístico, declarando-se disponível para encaminhar as propostas resultantes do presente seminário.



Empresas

Evocando os benefícios trazidos pelo primeiro seminário, realizado no ano passado, o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP), Flávio Benatti, declarou que este segundo seminário teve como objetivo analisar o papel do modal rodoviário no sistema estadual de transporte, examinar seus gargalos e buscar soluções. Segundo Benatti, o transporte rodoviário é responsável por 93% de todo o transporte estadual, entre a produção e expedição de mercadorias. Os grandes gargalos são a sobrecarga dos transportes rodoviários, além do fato de a região metropolitana de São Paulo ser uma área onde estradas de todos os cantos do país se entrecruzam, incluindo e a rota interior-porto de Santos



Secretário

O Secretário Estadual dos Transportes, Sylvio Aleixo, discorreu sobre o planejamento realizado para resolver as questões da sobrecarga do modal rodoviário e o engarrafamento que sofre a região metropolitana de São Paulo. O equacionamento inclui a redistribuição da carga de transportes a outros modais, como ferrovia, e o desenvolvimento dos modais aerovia, dutovia e hidrovia, além de dar atenção à cabotagem no transporte interestadual.

Ele explicou que investimento e esforço estão sendo canalizados para: complementação do anel rodoviário da região metropolitana de São Paulo; ampliação do sistema da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); plataformas para transposição intermodal de cargas; além de melhorias nas marginais da cidade de São Paulo.



Hidrovia

O deputado João Caramez (PSDB) discorreu sobre os benefícios que a hidrovia, ao se desenvolver, pode trazer ao sistema paulista de transportes. Ao comentar os congestionamentos da área metropolitana de São Paulo, ressaltou o papel que os rios Tietê e Pinheiros podem desempenhar para desafogar o trânsito, além da necessidade de ampliar a oferta de transportes públicos para a população da Grande São Paulo. Comentou também que eventual auxílio do governo federal poderia acelerar soluções para todos esses problemas.

O assessor da FETCESP, Marcos Aurélio Ribeiro, mostrou a situação cada vez mais complexa do crescimento da frota de veículos na área metropolitana e discorreu sobre a importância econômica representada pelo setor produtivo do Estado. Encerrando as palestras da manhã, Silvestre Ribeiro discorreu sobre o gargalo enfrentado pelo transporte de passageiros.



Gargalos logísticos

Dois painéis compuseram a agenda da tarde. O primeiro, sob a presidência do deputado Roberto Massafera (PSDB), tratou de gargalos logísticos na cidade de São Paulo e região. Teve como palestrante o coordenador de logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet, e como debatedores a deputada Célia Leão (PSDB); Milton Xavier, da Secretaria de Transportes de São Paulo; e Kágio Miura, presidente do sindicato de cargas de São José do Rio Preto.

O segundo painel abordou a questão dos gargalos no porto de Santos. O palestrante Sérgio Aquino, secretário de assuntos portuários de Santos, falou que é preciso incentivar a "cultura do planejamento". O secretário santista reclamou ainda da falta de integração nos diferentes procedimentos, o que dificulta a movimentação da carga e retarda a liberação dos contêineres.

Neste segundo painel, compuseram a mesa os deputados Edson Giriboni (PV), Maria Lúcia Prandi (PT) e Marcelo Marques da Rocha, presidente do sindicato das empresas de carga do litoral paulista.

alesp