A mídia tem divulgado a existência de uma lista de 50 personalidades juradas de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que domina o sistema carcerário de São Paulo. Entre essas pessoas ameaçadas por quadrilhas de bandidos estão empresários, banqueiros e políticos. Fui incluído nessa relação e isso não constitui surpresa, uma vez que tenho lutado, de modo claro, contra a criminalidade, em mais de 30 anos de carreira como jornalista e radialista e em 14 anos como deputado estadual.

Por ter sido presidente da CPI da Assembléia Legislativa que investigou o avanço do crime organizado em nosso Estado de 1995 a 1999, fiquei sabendo, já naquela época, da existência de facínoras nos presídios, fazendo listas de ameaças de morte. Relatei o problema seguidamente para os então secretários da Segurança Pública, José Afonso da Silva, e da Administração Penitenciária, João Benedito de Azevedo Marques, mas percebe-se que a situação persiste, de modo ameaçador. Tal afronta não pode continuar. Preocupo-me, claro, com a minha segurança e com a das demais personalidades relacionadas na lista dos presidiários. Diante disso, encaminhei ofício ao presidente da Assembléia Legislativa, para que este recomendasse ação concreta da Polícia Militar e do Ministério Público Estadual no sentido de combater os riscos provocados por quadrilhas de facínoras, dando garantias aos cidadãos ameaçados. Entre os jurados de morte estão Roberto Marinho, Mário Amato, Olavo Setúbal, Paulo Maluf, Orestes Quércia, Luiz Antonio Fleury Filho, Cid Moreira, Gustavo Loyola e o coronel Erasmo Dias. Cabe ao Estado dar garantia a todas essas personalidades.

* Afanasio Jazadji é radialista, jornalista e deputado estadual pelo PFL.