Apoio a greve nas Fatecs e ETEs


20/02/2004 14:18

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Da Assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) declarou seu apoio ao movimento grevista deflagrado, na segunda-feira, 16/2, por professores e funcionários das Faculdades de Tecnologia - Fatecs e Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), pertencentes ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps). Em nove anos sem reajuste, as perdas ultrapassam mais de 70%, índice que os grevistas querem que o Governo Alckmin reponha de imediato.

Em discurso no ato que marcou o lançamento da greve, na Capital, a deputada foi enfática ao defender o direito ao reajuste. "O absurdo e inaceitável arrocho salarial fere a dignidade de professores e funcionários. É afrontoso! A escola pública de qualidade que desejamos e pela qual lutamos passa necessariamente pela valorização profissional", afirmou a parlamentar.

O período de quase uma década sem reajuste atinge diretamente 7.645 profissionais em todo o Estado, dos quais 4.839 são professores. Segundo Prandi, ao reivindicar 72,22% de reajuste, os grevistas tomam por base o índice de recomposição salarial garantido aos professores e funcionários das universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp), de maio de 1996 a maio de 2003.

Na opinião de Prandi, ao negar melhoria salarial durante esses anos, o governo "fere descaradamente a legislação", que garante reajustes anuais aos trabalhadores do Centro Paula Souza, pelos mesmos índices definidos pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).

A greve foi declarada por tempo indeterminado. "É o único instrumento que restou", defende Prandi, destacando que a categoria já recorreu até mesmo à Justiça, sem nenhum resultado concreto. As tentativas junto ao Executivo Estado deram em nada. "O governador sequer recebeu o Sindicato".

mlprandi@al.sp.gov.br

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