Até há pouco tempo, uma viagem do interior de São Paulo, principalmente da região de Campinas, para o litoral paulista, tinha que ser planejada com cuidado e antecedência. Mesmo a uma distância relativamente curta, o motorista tinha pela frente um grande desafio no trajeto, que era o de passar obrigatoriamente pelo meio da cidade de São Paulo. Como toda grande metrópole, a capital paulista vive o problema do excesso de veículos, trânsito intenso e congestionamentos inevitáveis, que certamente, deixava a viagem até o litoral mais estressante, mais demorada e menos prazerosa para os turistas do interior. Com a implantação do trecho sul do Rodoanel, inaugurado recentemente pelo então governador José Serra, esta dura realidade passou a fazer parte do passado para milhares de motoristas de São Paulo. A obra permite que carros e, principalmente, caminhões, cheguem ao litoral paulista sem a necessidade de passar pela capital. Somente as avenidas Marginal e dos Bandeirantes deixaram de receber o tráfego de mais de 40 mil caminhões por dia. Trânsito menor gera menos poluição e menos barulho, dando mais qualidade de vida para a população. Com o Rodoanel, o interior de São Paulo e o sul do Brasil ficaram mais acessíveis, tanto para turistas quanto para a circulação de mercadorias destinadas aos portos de Santos e ao litoral paulista. Trânsito melhor, menor tempo de viagem e economia fazem bem a todos os setores sociais, com geração de consumo, emprego e renda para mais pessoas. Em reportagem recente do jornal Correio Popular, de Campinas, ficou constatado que o trajeto entre a cidade e o litoral de São Paulo teve o tempo de viagem reduzido em mais de uma hora. E isso vale tanto na ida quanto no retorno para casa. O Rodoanel, contrariando seus opositores e os críticos mais ferrenhos, tem realizado seu papel de maneira eficiente, como foi planejado, e vem agradando sobremaneira a população de São Paulo. O trecho sul, com 61,4 km de extensão e investimento de R$ 5 bilhões, foi concluído no final de março deste ano e liberado para operação em 1º de abril. Junto com o trecho oeste, em operação desde 2002, interliga sete das dez principais rodovias de acesso a São Paulo: Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera, Bandeirantes, Anchieta e Imigrantes. A grande obra planejada e executada pelo governo de São Paulo certamente não vai resolver totalmente o problema da circulação do trânsito no Estado, posto que a economia e a população crescem significativamente a cada ano. Mas é um dos maiores avanços que já conquistamos em relação à nossa malha viária. *Célia Leão é deputada estadual pelo PSDB