O Centenário Drumond


22/10/2002 17:40

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DA REDAÇÃO

Carlos Drumond de Andrade é um dos maiores -- se não o maior -- poeta brasileiro do século XX, além de excelente cronista e contista. Em 1930 lançou seu primeiro livro, Alguma Poesia, elogiado por Mário de Andrade, e em pouquíssmo tempo, a partir de 1945, já se notava sua influência nos poetas que surgiam. Tal influência só fez crescer, tornando-se passagem necessária na formação dos poetas que despontavam, à medida que se firmava a fama de Drumond, o respeito e a admiração pela sua obra.

A evolução do artista se percebia no caminhar de um modernismo muito pessoal, que nunca abandonou, a momentos de um romantismo sem exagero, a lances de saudosismo sem lamúrias, a críticas sociais e políticas, a minúcias do dia-a-dia, ao cotidiano retratado à distância, com doses exatas de cinismo e bom humor. A partir de Claro Enigma a arte do poeta encontra o rumo da mais alta poesia, com características intelectuais e filosóficas que não se distanciam da linguagem popular.

Por ter sido Drumond quem foi no panorama da literatura nacional e por se aproximar o centenário de seu nascimento, 31 de outubro, o Diário Oficial do Poder Legislativo vai homenagear o poeta em matérias diárias, sob o título "O

Centenário de Drumond", constituídas por comentários críticos de respeitados literatos e poesias do escritor mineiro que, mesmo sonhando, nunca tirava os pés do chão.

Textos e poemas são extraídos de" Carlos Drumond de Andrade -- Poesia e Prosa", da Editora Nova Aguilar, ed. 1992.

alesp