Estudantes da Baixada Santista discutem projetos que apresentarão no Parlamento Jovem


23/11/2006 17:06

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Melhorar a qualidade de vida da população, especialmente das comunidades onde vivem, e a qualidade do ensino foram as principais preocupações dos oito estudantes da Baixada Santista eleitos para a 8ª edição do Parlamento Jovem Paulista. Reunidos na última sexta-feira, 17/11, os deputados jovens articularam suas atuações no evento programado para o dia 24/11, sexta-feira, na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Idealizadora do encontro e uma entusiasta do Parlamento Jovem, a deputada Maria Lúcia Prandi (PT) destacou a importância do evento como instrumento essencial no processo de aprendizado e consolidação da democracia. "São estes jovens que num futuro muito próximo estarão à frente do nosso país. Por isso, é gratificante ver seu entusiasmo na elaboração dos projetos. É assim que se solidifica a boa política, feita para melhorar a vida das pessoas."

Sueli Elias, diretora do Colégio Objetivo, local do encontro dos estudantes, ressaltou que o engajamento de toda a comunidade educacional na elaboração e apresentação dos projetos é uma forma prática de construção da cidadania. "Como em todo o processo educacional, esses momentos foram também uma oportunidade de troca de conhecimentos, que nos enriqueceu como pessoas e como cidadãos", acrescentou.

No encontro, os estudantes apresentaram seus projetos e trataram da forma de atuação no Parlamento Jovem, além de se conhecerem pessoalmente. Aluna da 8ª série da EMEIF Henry Borden (escola municipal Cubatão), Gabriela Fornaro Santos (14 anos) ressaltou a importância da inclusão da língua espanhola como disciplina obrigatória nas escolas estaduais. "O Brasil é líder na América Latina e no Mercosul. Nós precisamos aprender o idioma dos demais países da região", argumentou.

Também preocupada com o enriquecimento curricular, Andressa Carla dos Santos (15 anos), aluna da 8ª série da EE Profª Magali Alonso (escola estadual Praia Grande), propõe a criação de disciplinas optativas complementares. "Há muitos estudantes que gostariam de aprender outros idiomas e informática, por exemplo, mas não têm condições financeiras para pagar cursos particulares. Por isso, as escolas públicas devem proporcionar este aprendizado."

Neivetom Oliveira Silva (14 anos), estudante da 8ª série da EE Oswaldo Luiz Sanchez Toschi (Praia Grande), propõe o uso da tecnologia para controlar a freqüência escolar, como o cartão eletrônico, que, além disso, garantiria descontos em atividades culturais e esportivas e no transporte coletivo, bem como a fiscalização no recebimento de benefícios sociais, como o Bolsa-Família.

A estudante Mariana Lopes Passos Matheus (14 anos), aluna da 8ª série da EE Reynaldo Kuntz Busch (Praia Grande), defende a instituição de Centros de Ação Social (CAS), que atuariam como articuladores entre as escolas e as comunidades para buscar soluções para os problemas locais.

Também preocupada com a participação da escola na sociedade, Amanda Augusta Marcelino dos Santos (12 anos), da 6ª série da EE Hortência Quintino de Faria Botelho (Mongaguá), propõe a criação do Programa de Agente de Saúde Escolar, que atuaria na conscientização sobre doenças como a AIDS e a dengue.

A ampliação dos direitos dos portadores de deficiência visual é a proposta de Guilherme Santos da Silva (13 anos), estudante da 7ª série da EMEF José Veneza Monteiro (escola municipal de Peruíbe). Conforme o projeto, os produtos tóxicos ou que apresentem risco à saúde se ingeridos incorretamente devem trazer inscrições em braile nas embalagens.

Aluna da 7ª série da EE Armando Bellegarde (Bertioga), Rebeca Yasmin Andrade Fernandes (13 anos), defende a criação de hortas nas escolas públicas.

O único estudante representante de uma escola particular entre os deputados jovens da Baixada Santista, Felipe Casseb de Jesus (14 anos), da 8ª série do Colégio Objetivo, propõe o reúso da água. Em seu projeto, o estudante sugere que todas as novas construções sejam obrigadas a incluir sistemas de reaproveitamento da água. "Á água é essencial para a vida e não pode continuar a ser desperdiçada", afirmou.

mlprandi@al.sp.gov.br

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