O problema do roubo e furto de veículos no Brasil, especialmente

no Estado de São Paulo, atinge números assustadores, que afetam até a economia do País.

Toda a frota brasileira é integrada por 20 milhões de veículos,

mas calcula-se que, desse total, cerca de 1 milhão e 100 mil veículos em circulação estão em situação irregular, por terem sido roubados, ressurgindo com alteração de documentos e de número de chassi.

Alguns desses carros foram parar no Paraguai, mas a grande

maioria está aqui.

Um cálculo aproximado mostra que esses veículos roubados

representam cerca de R$ 11 bilhões, que acabam sendo prejuízo para todo o País.

O grande número de roubos e furtos de veículos faz com que o

preço dos seguros fique bastante elevado. Ou seja: as companhias de seguros, sabendo dos riscos, acabam reajustando anualmente os preços, o que significa enorme peso para os proprietários de veículos, que também gastam com IPVA, combustível e manutenção.

Numa situação como a atual, ninguém se atreve a ficar sem

seguro.

Por outro lado, quem compra um carro usado precisa também

verificar direito a origem de seu veículo. Às vezes, o carro está

perfeito, mas foi roubado e reformado: no caso de ser localizado pela polícia, o veículo é apreendido e devolvido ao dono anterior.

Só na cidade de São Paulo, são roubados 200 veículos por dia. As

polícias Civil e Militar mostram-se impotentes para resolver o problema, já que os ladrões estão cada dia mais atrevidos: eles levam carros estacionados ou chegam a usar armas contra os donos.

Uma repressão contra desmanches e contra ladrões é a única

saída.

Afanasio Jazadji* é deputado estadual pelo PFL