Deputado considera ações do MST verdadeiro vandalismo


27/04/2006 19:01

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O deputado Coronel Ubiratan (PTB) disse nesta terça-feira, 25/4, no plenário da Assembléia Legislativa, que a ação do MST é um verdadeiro vandalismo. A referência é com relação ao episódio ocorrido no último dia 17 " em lembrança aos 10 anos do ocorrido em Eldorado dos Carajás " quando mais de 10 mil sem-terra realizaram saques, invasões e depredações em 9 Estados, incentivados pelo líder do movimento, João Pedro Stédile. "Isso não é um movimento pacífico e sim um bando de vândalos que andam armados com foice e enxadas e saem por ai fazendo badernas."

O deputado lembrou que no último dia 17 foram feitas várias ocorrências por todo o país. Em São Paulo, cerca de dez fazendas foram invadidas no Pontal do Paranapanema e outras duas em Minas Gerais. Além disso, cerca de 2 mil sem-terra invadiram a Fazenda Suzano, de papel, na Bahia. O MST ainda saqueou dois caminhões em São Lourenço da Mata e bloqueou sete trechos da BR. No Estado de Alagoas, os sem-terra acamparam em frente à sede do Incra de Maceió. Também foram realizadas manifestações nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul.

Para o Coronel Ubiratan, não é desta maneira que a reforma agrária será feita no país. "Concordo que a reforma agrária precisa ser realizada, mas não à base da força de um bando armado. É assim que eu vejo o movimento dos sem-terra: Um bando armado, insuflado por verdadeiros criminosos, como José Rainha e outros tantos", falou indignado com as cenas de vandalismo que tomaram conta da mídia nacional naquela oportunidade.

Ainda em seu discurso, o Coronel Ubiratan lembrou que, quando pertencia à tropa de Choque da Polícia Militar, trabalhou para o cumprimento de reintegração de posse no interior do Estado, no Pontal do Paranapanema e em outras áreas. "Eles andam com foice, enxada e qualquer outro instrumento que serve de arma para atirar nas pessoas. Instrumentos que podem ser letais. Eu tive a oportunidade de ver vários companheiros feridos desta forma", relatou.

Além disso, ele exemplificou o caso de Porto Alegre, quando um policial militar da brigada gaúcha foi degolado no centro da cidade, na Rua da Praia, a mais movimentada. "Eu, por coincidência, estava lá. Eles passaram uma foice, decapitaram a cabeça do soldado que não tinha nada a ver com aquele movimento e nem estava engajado na proibição das manifestações. Mataram por sadismo", relembrou.

Para o Coronel Ubiratan, o pior ainda está por vir. Segundo ele, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez um discurso na semana passada em Curitiba pregando a união dos sem-terra da Venezuela, do Uruguai, da Bolívia e do Brasil. Se isso acontecer, ele acredita que haverá um verdadeiro banho de sangue durante as manifestações do MST. "O pior é que aqueles que insuflam e que jogam essa massa para morrer não se preocupam." São os primeiros a gritarem que a polícia é violenta e despreparada. Mas eles, covardes que são, não se expõem à frente de luta e agem somente nos bastidores", concluiu o deputado.

coronelubiratan@al.sp.gov.br

alesp