AUMENTA SEQÜESTRO-RELÂMPAGO - OPINIÃO

Afanasio Jazadji*
28/08/2001 08:30

Compartilhar:


Aumentou bastante o número de seqüestro-relâmpago em todas as cidades grandes e médias do Estado de São Paulo, onde ninguém está livre do ataque dos bandidos. Nos sete municípios do ABC, que integram a área metropolitana da Capital, o total de seqüestro-relâmpago, só no mês de junho, chegou a 43, o que representa um enorme crescimento da média mensal, em relação aos 71 casos registrados ao longo dos cinco meses anteriores.

A pesquisa foi feita pelo jornal Diário do Grande ABC, com base na publicação de cada caso relatado pela polícia durante todo o primeiro semestre deste ano. Conforme explicaram algumas autoridades policiais do ABC, o seqüestro-relâmpago é mesmo o crime da moda, tanto naquela região quanto em outros municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo e também no Interior e no Litoral. Geralmente, assaltantes atacam a vítima, que é mantida sob a mira de revólveres, para retirar dinheiro em caixa eletrônico ou banco 24 horas com cartão magnético. Muitas vezes, a vítima acaba sendo assassinada. Também ocorrem casos em que os seqüestradores se comunicam com a família, exigindo o pagamento de resgate. Na verdade, o número de seqüestro-relâmpago em nosso Estado acaba sendo muito maior do que o total geralmente divulgado pela Polícia. Acontece que alguns casos de seqüestro-relâmpago se transformam em seqüestro clássico, os familiares pagam logo o resgate e nem avisam a Polícia. Há também situações de seqüestro-relâmpago em que a Polícia Civil prefere registrar apenas como "roubo qualificado", minimizando o crime para não tornar as estatísticas mais assustadoras.

*Afanasio Jazadji é advogado, radialista e deputado estadual pelo PFL

alesp