O deputado Vinícius Camarinha (PSB) intermediou no dia 6/7, na Assembléia Legislativa, encontro entre o vice-diretor da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), José Augusto Alves Ottaiano, o assistente técnico de direção do Hospital das Clínicas (HC), Luiz Carlos de Paula e Silva, e o secretário de Estado da Casa Civil, Rubens Lara. Na ocasião, foram entregues ao secretário uma planilha e um pedido de liberação de R$ 5 milhões para que a entidade possa acertar suas contas com fornecedores.

Ottaiano falou sobre o agravamento da situação da Famema e do HC, devido ao corte no repasse de verbas de mais de R$ 2,7 milhões por parte do Sistema Único de Saúde (SUS). "Já há 10 anos a tabela do SUS não acompanha o reajuste, aumentando ainda mais a dívida e causando um verdadeiro déficit crônico, não gerado pela Faculdade de Marília, mas sim por uma diferença imposta pelo sistema", explicou.

O vice-diretor da Famema observou que "o atendimento já está comprometido. Na última semana, foi desativada uma das duas unidades de terapia intensiva (UTIs) do HC, o tempo de atendimento foi reduzido pela metade, houve suspensão de exames laboratoriais e a situação foi agravada pelo aumento de preços de medicamentos. A desativação foi uma medida extrema, que tentamos ao máximo evitar."

Ele ressaltou ainda que o hospital de Marília atende a moradores dos 37 municípios que compõe a Direção Regional de Saúde (DIR) XIV e que a maioria das instituições, mesmo as filantrópicas ou particulares, tem restrições quanto ao tipo de paciente, até mesmo aqueles com gravidade acentuada, que são encaminhados para o HC. E citou um exemplo: "Nos últimos três meses, foram mais de 1,2 mil viagens do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Resgate ou da Polícia com os casos mais graves e mais caros, gerando sobrecarga para o HC. A liberação da verba possibilitará a reativação dos serviços e o atendimento voltará ao normal", concluiu.

Após a reunião, o representante da Famema informou que "Rubens Lara prometeu procurar a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, responsável pela Famema, a Secretaria da Saúde e o próprio governador Cláudio Lembo para tentar reparar essa situação."

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