Said Mourad, líder do PSC, protocolou projeto de lei na Assembleia Legislativa que obriga as empresas de transporte de insumos farmacêuticos e medicamentos a terem um farmacêutico para manutenção da qualidade dos produtos e evitar danos que comprometam a saúde do consumidor.

"Ao sair do laboratório, os remédios são manuseados ao longo da cadeia de distribuição até chegar ao consumidor final. Como o transporte é terceirizado e feito por leigos, é importante haver a supervisão de um farmacêutico habilitado e inscrito no Conselho Regional de Farmácia. A armazenagem e o manuseio inadequados podem comprometer a eficácia dos remédios", explica o deputado.

Segundo ele, há medicamentos que exigem controle de temperatura e transporte em caminhões climatizados. Outros não podem ser colocados diretamente no chão, para evitar contato com superfícies úmidas. "Dependendo da fórmula química, a umidade pode interagir com os componentes e alterar suas propriedades", exemplifica Said. O projeto vai ao encontro das regulamentações emitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e conta com o respaldo do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo.

"De maneira geral, a regulamentação da Anvisa é cumprida pelas empresas sérias. Mas, infelizmente, temos visto recentemente casos muito preocupantes, até de venda de medicamentos falsificados por parte de farmácias menos sérias. Ao virar lei, a orientação fortalecerá o poder de fiscalização dos órgãos responsáveis na cadeia de distribuição", finaliza o deputado.



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