Rede ensino sem 40 mil aulas


14/03/2012 19:18

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Em reunião do Conselho Estadual de Educação, o secretário-adjunto de Educação de São Paulo, João Palma Filho, revelou que neste ano 40 mil aulas não foram atribuídas por falta de professores e que o Estado teria de contratar no mínimo 12 mil profissionais para equacionar este problema.

"Essa revelação ocorre no momento em que o discurso do governo é qualidade no ensino", afirmou o deputado Geraldo Cruz (PT) e completou: "Como isso é possível, se nem ao menos o governador consegue ter o número mínimo de professores nas salas, deixando milhares de alunos sem aulas?"

Geraldo também questionou o cumprimento em São Paulo da Lei 11.738, de 2008, que institui o piso salarial nacional para a categoria, obrigatoriedade de criar plano de carreira e de fixar 1/3 da jornada para atividades de planejamento e formação fora da sala de aula, uma vez que a Secretaria da Educação incluiu no cálculo do tempo de atividades extraclasse os intervalos de aula dos alunos e reduziu apenas uma aula da jornada integral dos professores, de 33h para 32h.

"A própria Lei do Piso garante que 33% da jornada sejam utilizados para correção de provas, preparação de aulas e formação profissional, entre outras atividades e a Justiça já determinou que o governo cumprisse liminar concedida em novembro ao Sindicato dos Professores (Apeoesp), que exigia a aplicação da jornada da lei, mas isso não está ocorrendo, prejudicando os profissionais da educação e os alunos", questiona Geraldo Cruz, que afirmou já ter enviado requerimento à secretaria solicitando informações sobre o número de docentes atuando na rede e o número necessário de profissionais para atendimento efetivo dos estudantes.



geraldocruz@al.sp.gov.br

alesp